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Mudanças em tempos de cansaço: como ajudar os times?

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Opinião

Mudanças em tempos de cansaço: como ajudar os times?

Frente a transições de liderança, reorganizações constantes e a chegada da IA, as equipes estão preparadas para tantas transformações simultâneas?


17 de junho de 2025 - 9h42

(Crédito: Unsplash)

O esgotamento mental tem se tornado cada vez mais comum, impulsionado pelo excesso de informações, tarefas e mudanças constantes no ambiente corporativo. A sobrecarga de telas, reuniões virtuais e a falta de limites entre vida pessoal e profissional intensificam sintomas como cansaço, confusão mental e dificuldade de concentração. O cérebro, naturalmente preparado para focar em uma tarefa por vez, é forçado a alternar rapidamente entre múltiplas demandas, o que consome energia cognitiva e reduz a eficiência.

Essa sobrecarga impacta diretamente a saúde mental, favorecendo quadros de estresse, fadiga e até transtornos mais graves, como burnout e depressão. O filósofo Byung-Chul Han descreve a “sociedade do cansaço”, marcada pela autovigilância e pela busca incessante por alta performance, muitas vezes potencializada pela tecnologia e pela cultura da urgência.

Ao mesmo tempo, vivemos um cenário de mudanças cada vez mais frequentes e complexas, como transições de liderança, reorganizações constantes e a chegada da inteligência artificial. Surge então a questão: as equipes estão preparadas para tantas transformações simultâneas?

A resposta para essa pergunta, na minha opinião, é de que precisamos, sim, mudar e sair da nossa zona de conforto, para que seja possível inovar, trazer novas visões e, enfim, chegar ao próximo nível. Mas como ajudar as equipes a navegarem pelas mudanças?

Eu não tenho a resposta, mas depois de passar por isso algumas vezes ao longo da carreira, entendo que é preciso um momento de pausa para entender a mudança proposta, tangibilizar todos os cenários possíveis, além de mostrar o que é positivo e negativo para os times envolvidos. E mapear como as mudanças vão impactar as pessoas e as suas vidas, entender a melhor forma de comunicar e como fazer a informação chegar a todos os níveis necessários.

Também é preciso entender que cada parte ou nível hierárquico da empresa inicia sua curva da mudança após a comunicação e o entendimento dela. Sendo assim, é preciso um tempo para que cada um encare o fato, entenda a mudança, reavalie o momento e se reconecte com a companhia para seguir em frente, deixando o passado para trás.

Nesses momentos, é comum algumas pessoas pedirem para sair da empresa, uma vez que elas podem ter entendido que não tem o perfil que a mudança proposta requer.

E tudo bem.

E você, como lida com a mudança e como ajuda sua equipe?

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