Transição de carreira: executivas unem negócios e impacto

Taís Farias
21 de março de 2023 - 12h10

Em 2020, a pesquisa Re:Trabalho apontou que 63% dos entrevistados consultados já mudaram de carreira; 48% pretendiam fazer essa troca no ano seguinte. Já um levantamento da RH EDC Group, identificou que 91% dos participantes mudaram seu propósito de vida durante a pandemia.

Ana Fontes, Carmela Borst e Mariana Stanisci (Crédito: Edu Lopes/ Imagem Paulista)

Para Ana Fontes, CEO e fundadora da Rede Mulher Empreendedora; Carmela Borst, CEO e fundadora da Soul Code Academy; e Mariana Stanisci, diretora de comunicação e marketing da Fundação OSESP, propósito e transição de carreira tem muito em comum. Elas se uniram no painel “Negócios de impacto: acelerando a transformação”, moderado por Regina Augusto, diretora executiva do Cenp e curadora de conteúdo do Women to Watch.

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A três executivas deixaram o mercado corporativo para liderar iniciativas que estão alinhadas com os seus objetivos e buscam promover mais acesso e inclusão.

“Estamos absolutamente alijadas e subrepresentadas nos espaços de poder. Quem decide sobre a nossa saúde, no Congresso, são 85% homens”, aponta Ana Fontes sobre a realidade feminina no Brasil e a proposta da RME de fazer com que mulheres conquistem sua independência financeira.

“Para olhar para o futuro, eu nunca posso fugir do que nós fazemos e com quem trabalhamos – as mulheres”, destaca a CEO. Carmela Borst, por sua vez, à frente de uma edtech que tem no seu core a educação tecnológica, quer olhar para a vulnerabilidade digital e ajudar as mulheres a voltarem ao mercado de trabalho.

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“Se nós não pegarmos na mão dessas pessoas, nesse momento, elas vão estar em vulnerabilidade”, conta a CEO da Soul Code Academy. Ela também reforça a responsabilidade do mercado corporativo nesse cenário. “A indústria de comunicação tem que ser a primeira a abraçar essa causa. Vocês têm as vagas”.

Mariana Stanisci, assumiu a diretoria de comunicação e marketing da Fundação OSESP em 2021 e fala sobre a relação essencial entre cultura e educação, assim como o aceno da instituição ao apoio das empresas. “A minha chegada marca o desejo da fundação da OSESP de desenvolver uma nova forma de se relacionar com o mercado corporativo”, relata.