Copa do Mundo 2023: Celebrando o crescimento e sucesso do esporte

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Opinião

Copa do Mundo 2023: Celebrando o crescimento e sucesso do esporte

Será que o futebol feminino irá se tornar perene nas programações das emissoras de TV e das marcas?


12 de julho de 2023 - 9h13

(Crédito: shutterstock)

A menos de 10 dias da estreia da Copa do Mundo deste ano, o 9º mundial de futebol feminino, tenho participado de muitos eventos que têm discutido sobre o tema e tenho visto claramente que o investimento das marcas no futebol feminino ainda existe um longo caminho a percorrer para chegar perto do que é investido no futebol masculino. Apesar disso, não canso de repetir aqui que as Copas do Mundo Femininas têm chamado a atenção crescente ao longo dos anos.  

A primeira edição, realizada na China em 1991, contou com a participação de 12 equipes. Desde então, o número de times competindo no torneio tem aumentado, chegando a 24 países na Copa do Mundo de 2015, no Canadá. Esse aumento é um reflexo do reconhecimento crescente do futebol feminino e da evolução do esporte ao longo do tempo. O que tem proporcionado um aumento significativo na participação de seleções de diversos países.  

As primeiras edições contaram predominantemente com equipes europeias e norte-americanas, as últimas Copas do Mundo têm testemunhado a diversificação das equipes participantes. Na edição de 2019, por exemplo, seis seleções da América do Sul se classificaram, incluindo a estreia da Argentina e do Chile. Ainda em 2019 na França, tornou-se o torneio mais assistido de todos os tempos, com um público total de mais de 1 bilhão de espectadores. Essa audiência recorde demonstra o crescente interesse pela modalidade e o apoio do público às jogadoras. 

Os Estados Unidos venceram quatro vezes (1991, 1999, 2015 e 2019). Já o Brasil, país conhecido por sua paixão pelo futebol, alcançou a final duas vezes, em 2007 e 2008, mas acabou ficando com o segundo lugar. Também é importante mencionar outras equipes fortes, como a Alemanha, que foi vencedora em duas edições. 

Esse ano será a primeira vez que o torneio será co-organizado por dois países e espera-se que seja um divisor de águas no desenvolvimento contínuo do futebol feminino. Com 32 equipes participantes, a mesma quantidade do masculino no Catar, e a promessa de investimentos nas infraestruturas e no desenvolvimento do esporte. Alê e Luana do Passa a Bola, Marília e Fred do Desimpedidos estarão lá pessoalmente para conferir toda essa estrutura nos dois países acompanhando a seleção brasileira para contar para o público brasileiro. 

Mesmo com esse contexto favorável e com algumas marcas investindo na modalidade, fico com o questionamento: será que veremos o assunto futebol feminino se tornar perene nas programações das emissoras de TV e das marcas de conteúdo ou logo depois do mundial, todos voltarão a reforçar apenas o futebol masculino? 

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