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Google incentiva o uso do AMP para marcas

Antes restritos a publishers de notícias, links do Accelerated Mobile Pages entram na mira de varejistas em busca de soluções mobile mais eficientes


4 de agosto de 2016 - 16h00

Por George Slefo, do Advertising Age

O projeto AMP (Accelerated Mobile Pages), criado em outubro do ano passado pelo Google com o objetivo de garantir o carregamento rápido de páginas e uma experiência rápida e responsiva aos usuários mobile tem destacado artigos de notícias, conforme sua a proposta inicial. Ao mesmo tempo, varejistas digitais são encorajados a usarem o formato AMP em seus sites mobile. Publishers não associados ao mercado de notícias que adotaram o recurso parecem ter ultrapassado as expectativas do Google. A nova mudança deve destacar ainda mais essa realidade. “Vemos tantos sites que não são publishers de notícia aparecendo no topo”, disse Dave Besbris, VP de engenharia do Google ao Advertising Age. “É realmente importante para nós contemplar estes publishers que estão tentando criar AMP por algum motivo, então pensamos que devemos mostrá-los nos resultados das pesquisas”, disse.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ainda que ter um site em AMP não melhore os rankings de pesquisa, a rapidez é um fator vantajoso. Sites AMP são em média quatro vezes mais rápidos do que seus correspondentes para mobile e usam 10 vezes menos dados. A tecnologia é a solução do Google para manter consumidores na web mobile, de onde vem boa parte de sua receita, mesmo se o Facebook, por exemplo, luta para manter seus usuários com inovações como o Instant Articles.

A ferramenta AMP ainda está em sua infância, mas os fregueses iniciais provavelmente terão vantagem em relação a concorrentes que não a utilizam. O Google conta com pelo menos 2 trilhões de pesquisas a cada ano, boa parte delas feitas via mobile. Com a mudança na forma de mostrar os resultados, mesmo que sutil, a empresa impactará todo o ecossistema online.

“O Google é tão dominante que é capaz de forçar a indústria a adotar certos padrões, porque eles guiam trilhões de pessoas a pesquisarem em seu site a cada ano”, disse Larry Kim, fundador e CTO na empresa Wordstream.“Seria muita loucura não aderira ao AMP, especialmente desde a colocação da ferramenta de forma proeminente nos resultados de pesquisa mobile”, avaliou. Ele acredita ainda que grandes marcas e publishers vão ter mais habilidades técnicas para adotar padrões AMP do que sites pequenos.

Publishers que usam AMP já são recompensados pelo Google com melhores posições nos seus resultados de pesquisa, incluindo também uma imagem relativamente grande. Varejistas que adotarem AMP daqui em diante podem um dia ser recompensados de forma similar, tendo em vista as alegações do Google de que a ferramenta eventualmente exibirá produtos das páginas AMP no topo.

“Como a listagem de anúncios de produtos, a listagem de produtos em formato de carrossel iria gerar mais clicks”, disse Ryan Sullivan, VP senior de performance services da Performics, do grupo Publicis.  “O formato visual e a consciência de que o produto que você quer está a um click de distância faz com que haja mais engajamento do consumidor”, acrescentou.

“Ainda, a rapidez do site é um dos muitos fatores, então a simples implementação de AMP não garante a prioridade na página de resultados. Marcas ainda precisam de estratégias de conteúdo sólidas, autoridade em seus verticais e uma gama de outras otimizações técnicas para competir por altas posições orgânicas”, disse Sullivan.

De acordo com um relatório de janeiro divulgado pelo eMarketer, consumidores americanos gastaram R$75 bilhões via dispositivos móveis em 2015, 32% a mais do que no ano anterior. Aproximadamente 42% de todas as compras de varejo foram feitas na mobile web.

Desde que o eBay adotou o AMP há aproximadamente um mês, outros sites americanos como 1-800-Flowers, Fandango e Rakuten ativaram a ferramenta para suas páginas mobile.

Amit Shah, VP de marketing online da varejista 1-800- Flowers, disse que muitas companhias criam sites para mobile sem realmente pensar na experiência do consumidor. Shah vê na AMP uma oportunidade para tornar o processo de cadastro de clientes mais rápido e livre de inconveniências.

Quase todos os elementos das páginas de e-commerce mobile não estão habilitadas para AMP, pelo menos inicialmente, mas companhias como eBay e 1-800 Flowers dizem que eventualmente haverá mais recursos.“Acho que a questão mais profunda é qual o resultado a longo prazo disso. Minha aposta é que a infraestrutura e o desenvolvimento de muitas empresas, construídos ao redor de desktop, vão começar ruir. O sistema de AMP forçará as companhias a reconhecer que não podemos ter uma experiência lenta e rápida ao mesmo tempo”, disse Shah.

“Os primórdios da experiência mobile foram dominados por aplicativos, como uma nova forma de experiência do usuário. Mas estamos finalmente chegando a um ponto onde a web mobile vai realmente alcançar o mesmo nível de experiência dos aplicativos”, acrescentou.

Desde o lançamento em fevereiro, mais de 150 documentos AMP foram criados de cerca de 650 mil domínios, de acordo com o Google, que alega que 90% dos publishers em AMP estão experimentando maiores taxas de cliques.

Tradução: Karina Balan Julio

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