Criatividade, Eficiência e Growth

26 de junho de 2025 - 13h51

O Festival de Cannes Lions deste ano foi especial por vários motivos. Entre eles, vale destacar que o Brasil foi o país homenageado da edição, o que garantiu uma presença marcante não apenas pela quantidade de participantes e palestrantes brasileiros, mas também pelos prêmios e reconhecimentos conquistados por agências e empresas do país.

Em uma edição em que o Brasil foi tão exaltado, houve um destaque especial para o tripé “Criatividade, Eficiência e Growth”.

Naturalmente, existe uma relação de causa e efeito entre essas palavras, uma conexão que foi explorada ao longo da maioria das palestras e painéis.

Os debates, conteúdos, estudos e cases apresentados buscaram provocar reflexões que contribuam para a construção de estratégias voltadas principalmente para:

• tornar as marcas mais reconhecidas e conectadas com o consumidor, tangibilizando seus principais atributos por meio de ativações e conteúdos curtos, presença em múltiplos canais e consistência, inclusive por meio do reaproveitamento de materiais de comunicação;
• impulsionar o crescimento de vendas, como consequência de um trabalho sólido de construção de marca e da agilidade na criação de conteúdos diários, ajustados com base na escuta ativa e na observação de resultados, num ciclo contínuo de aprimoramento. Afinal, vivemos um cenário em que o consumidor muda sua percepção sobre necessidades e visão de futuro de forma cada vez mais acelerada;
• adotar a criatividade como princípio essencial e diferencial competitivo, valorizando a atuação de equipes diversas, que naturalmente trazem visões mais amplas e eficientes para temas e projetos.

Também chamou atenção o intenso debate sobre como agências de publicidade e empresas, independentemente do porte ou dos recursos disponíveis, têm hoje acesso cada vez mais facilitado a tecnologias e canais, o que torna mais ágil e acessível o desenvolvimento e a divulgação de conteúdos de marca.

Essa democratização do uso de soluções, como a inteligência artificial, eleva a competitividade em diversos setores, criando um enorme desafio em termos de posicionamento e diferenciação.

Por fim, vale destacar conceitos comuns que muitos palestrantes abordaram e que deixo aqui como reflexões finais:

• a importância do “Human Touch” para se diferenciar e gerar proximidade;
• a inteligência artificial generativa não irá acabar com as atividades de marketing, mas também não irá salvá-las per se;
• a originalidade se torna ainda mais valiosa em um mundo em que milhares de conteúdos são divulgados diariamente;
• ser autêntico (“Be Real”) no desenvolvimento de ações e na comunicação de temas, propósitos e mensagens das marcas é essencial para criar conexões duradouras com os consumidores.