Na terceira vez, pede Leão

20 de junho de 2025 - 11h17

Na primeira vez em Cannes, tudo era descoberta. Na segunda, aprendizado. Na terceira, ele veio, nosso primeiro Leão.

Ganhar em Cannes já seria marcante por si só. Mas ganhar no ano em que o Brasil é o país homenageado torna tudo ainda mais simbólico.

Um reconhecimento não só de um trabalho, mas de uma cultura
criativa inteira – que insiste, adapta, transforma.

Criar no Brasil é navegar entre limitações e invenção. Por isso, quando o reconhecimento vem, ele valida muito mais do que uma ideia: valida o processo, o tempo, a persistência.

Foi minha terceira vez no festival, mas a primeira com prêmio.
Mais do que um troféu, esse Leão foi uma confirmação silenciosa: valeu a pena continuar.

E se o Brasil segue protagonizando o palco da criatividade mundial, talvez esteja na hora de Cannes considerar algo com carinho: adotar o português como uma de suas línguas oficiais, porque é só o que se escuta por aqui!