Mercado de arte e moda aproveitam oportunidade dos NFTs
Nova tecnologia permite que artistas monetizem seus trabalhos e tenham maior controle sobre seus negócios
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Thaís Monteiro
25 de junho de 2021 - 20h53
Em março, o artista digital Mike Winkelmann, conhecido como Beeple, vendeu uma de suas artes por US$ 69 milhões através do NFT , assim se tornando autor da terceira obra de arte mais cara vendida por um artista vivo. Desde então, o conceito de NFT tem sido pauta em diversos mercados, inclusive o publicitário. NFT é a sigla para token não-fungível.
De acordo com a definição de Noah Davis, especialista em arte na Christie’s, o NFT é um “código único de letras e números que constituem em um bloqueio na cadeia. No Blockchain, uma peça de arte baseada em NFTs é um non fungible token. Ou seja, representa ou é representado por uma imagem, um elemento artístico. Isso é representado em um contrato que aponta para a arte. O token nunca mais pode ser duplicado ou forjado e não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo”, disse no painel “NFTs, agora e futuro”, apresentado pela Christie’s.
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“Agora artistas podem ter maior controle sob sua economia e seu trabalho. Você não precisa de uma plataforma (como gravadoras, distribuidoras, galerias) para lançar NFTs, você precisa de um produto bom, ter uma prática sólida e uma narrativa com a qual as pessoas se conectem. Desde que você tenha isso, você pode vender NFTs”, afirmou.
Os NFTs também estão sendo explorados para além das artes visuais, como na moda e na música. A RTFKT é uma marca de roupas e sneakers criada no metaverso e que cria produtos físicos e digitais colecionáveis “para a nova geração de fashionistas”, descrevem. Junto com demais criadores de conteúdo, eles criam coleções e vendem por NFTs. ” Só os projetos bons vão ser sustentáveis e vão viver com uma base de fãs grande comprando e fazendo trade com NFT”, dizem.
Na música, empresas como a Oneof estão estudando como ingressar o mercado musical nessa nova tendência. De forma geral, Lin Dai, CEO da empresa, disse que está criando uma plataforma que gaste menos energia e emissão de CO2 na atmosfera, pois o processo de criar um NFT gasta muita energia e pode prejudicar o meio ambiente. Porém, de forma geral, o executivo acredita que a música pode se tornar um item colecionável e os artistas podem monetizar seus trabalhos diretamente com seus fãs, desde que com responsabilidade e transparência. “Uma pintura normalmente é vendida por milhares de dólares. A música tem sido disponível por um dólar. Criar um NTF pode custar US$ 150, então os artistas vão poder vender suas músicas por milhares de dólares”, explicou.
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