Banco do Brasil recusa recursos e confirma Lew’Lara e WMcCann
Master e NBS contestavam a licitação em diversos aspectos e pediam a anulação da concorrência pela conta de publicidade da instituição, de R$ 500 milhões anuais
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Alexandre Zaghi Lemos
18 de setembro de 2018 - 19h51
O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feria, 18, o resultado da análise dos recursos que contestavam a licitação pela conta publicitária da instituição, que prevê investimento de R$ 500 milhões anuais e foi vencida por Lew’Lara\TBWA e WMcCann. Segundo a subcomissão técnica responsável pela concorrência, “todo o processo foi conduzido com total lisura, isonomia e impessoalidade, ratificando a manutenção das notas e justificativas apresentadas, bem como a recusa de todos os recursos apresentados”. Com isso, o Banco do Brasil se prepara para, nos próximos dias, assinar os novos contratos com as duas agências vencedoras.
Nos recursos analisados, a Master e a NBS contestavam a licitação em diversos aspectos e pediam a anulação da concorrência. Entre outros argumentos, a Master alegava que a Lew’Lara entregou CDs com peças eletrônicas em um envelope com a marca Tilibra, o que permitiria a identificação da concorrente. Sobre a WMcCann, Master e NBS reclamavam que a agência apresentou exemplos de veiculações na internet com imagens em movimento, o que seria proibido pelo edital. A NBS contestava ainda as notas atribuídas às concorrentes e a “ausência de isonomia no critério adotado pelos avaliadores”.
A Lew’Lara\TBWA e a WMcCann foram as duas únicas agências classificadas pela licitação do banco, ao somarem, respectivamente 100 e 93,83 pontos. Além delas, concorriam Master (que teve 77,16 pontos), NBS (69,50 pontos) e Heads (59,23 pontos). A nota de corte era de 80 pontos, sendo, no mínimo, 44 pontos na avaliação do plano de comunicação e 36 pontos na análise de capacidade de atendimento, repertório e relato de cases. Pelo edital, quatro agências poderiam ser escolhidas, mas apenas as duas primeiras alcançaram a pontuação mínima necessária.
Atualmente, Lew’Lara\TBWA e Master dividem a verba. A licitação que agora se aproxima do fim foi cercada de polêmica. Abap, Fenapro e Sinapro/DF chegaram a solicitar a impugnação do processo por questionarem alguns pontos do edital. Entre eles, a obrigatoriedade das participantes somarem patrimônio líquido de R$ 12,5 milhões, o que impossibilitou a adesão de grande parte do mercado, com apenas cinco concorrentes se apresentando. Além disso, no ano passado, o Banco do Brasil havia aberto uma licitação que acabou sendo cancelada após suspeita de vazamento de informações relativas a uma das vencedoras do certame. Até em função deste acontecimento, a concorrência que agora chega perto do fim está sendo acompanhada por auditoria da KPMG.
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