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Comunicação

Co-CEO José Borghi anuncia saída da MullenLowe

Ele diz que entrará em período "sabático" e ainda não tem planos para o futuro; o também co-CEO André Gomes assume o comando integral da operação


14 de março de 2018 - 19h01

Por Alexandre Zaghi Lemos e Bárbara Sacchitiello

 

Borghi: “Vou tirar um período errático, que é um sabático sem a menor ideia do que fazer” (Crédito: Divulgação)

José Henrique Borghi não é mais co-CEO da MullenLowe Brasil. O profissional comunicou seu desligamento em texto enviado à imprensa no início da noite desta quarta-feira, 14. Segundo o executivo, ele deixa a agência para um período sabático.

“Vou tirar um período errático, que é um sabático sem a menor ideia do que fazer. E também não sei de quanto tempo será esse período; podem ser dias, podem ser anos”, escreveu.

Borghi vinha dividindo o comando da operação com André Gomes, desde junho de 2015. Naquela ocasião, a agência mudou seu nome de Borghi/Lowe para MullenLowe, em alinhamento com a rede global do grupo Interpublic.

No comunicado oficial, a MullenLowe informa que, a partir de agora, a gestão fica concentrada no também co-CEO André Gomes. A área de criação, que estava sob a liderança de Borghi, passa a ser comandada pelos diretores de criação Eduardo Salles e Gil Pinna, promovidos há quase um ano.

A transformação da Borghi/Lowe em MullenLowe aconteceu em meados de 2015 em um período bastante conturbado para a operação da multinacional no Brasil, que, na mesma ocasião, encerrou as atividades de sua filial em Brasília, após perder as contas do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. Os movimentos foram decorrência do envolvimento da agência na Operação Lava Jato. O ex-vice-presidente do escritório brasiliense, Ricardo Hoffmann, chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2015. Após a reformulação, a MullenLowe manteve os escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro.

O texto de despedida de Borghi começa com a seguinte frase: “Antes que comecem as especulações e teorias sobre minha saída deixa eu dar minha versão”. A partir daí, ele diz que está “fazendo como a Anitta, dando uma paradinha” e que quer “aproveitar as impermanências da vida e da profissão para passar uma temporada sei lá onde” – o que descreve como “assustador e empolgante ao mesmo tempo”.

O desligamento oficial de Borghi acontece dias após o grupo Interpublic ter chegado a um acordo final com a Controladoria-Geral da União (CGU), que agora depende apenas do aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para ser assinado, conforme revelou o jornal Valor na semana passada. Isso ocorre quase dois anos e meio após a multinacional ter feito um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), que também inclui a FCB Brasil. Com isso, as agências não correm mais risco de serem processadas ou declaradas inidôneas. Como parte do acordo de leniência, o Interpublic se compromete a devolver R$ 50 milhões aos cofres públicos.

A história de José Henrique Borghi com a Lowe teve início em 2006, quando a BorghiErh, fundada em 2002 por ele e Erh Ray (atual CEO da BETC/Havas), foi comprada pelo grupo Interpublic. Erh Ray deixou a operação em 2012, quando a condução do negócio ficou concentrada em Borghi.

Borghi foi indicado duas vezes ao Prêmio Caboré. Em 2001, como Profissional de Criação, e em 2014, como Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação, após a Borghi/Lowe ter chegado ao segundo lugar na lista de maiores compradoras de mídia do País, de acordo com o ranking Agências & Anunciantes.

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