BPool conecta agências boutique a marcas

Victória Navarro
1 de abril de 2019 - 17h17

Os colegas Beto Sirotsky e Daniel Prianti lançam a plataforma Boutique Pool (BPool), capaz de recomendar parceiros estratégicos a players do mercado de comunicação que desejam contratar serviços como campanhas e design sprints. Responsáveis, respectivamente, por criar a 3yz, empresa de marketing digital adquirida pela WPP em 2016 e absorvida no ano passado pela Ogilvy, e fundar a Router, agência de ativação e projetos digitais comprada pela Iris Worldwide em 2013, os profissionais concentram seus backgrounds de trabalho na nova companhia, apresentada ainda em versão beta neste abril já com clientes convidados como Ambev, Tecnisa, Reserva e Bibi Calçados.

Beto Sirotsky e Daniel Prianti (crédito: divulgação)

A BPool permite que clientes ou marcas escolham qual entre três empresas criativas — que podem ser agências boutique, estúdios criativos ou hubs de produção –, indicadas via algoritmo proprietário de matching da plataforma, consideram mais adequada para demandas específicas. Sob o mesmo valor pré-definido pela BPool para todas as opções, chega-se a uma decisão por meio de portfólio, expertise e empatia. Após escolha, o contratante pode começar a alinhar briefing, dúvidas e entregas com o parceiro admitido.

Para integrar a BPool como parceiro estratégico, é preciso passar pela curadoria da plataforma, que com um grupo de experiência multidisciplinar e via inteligência de dados, busca compreender as movimentações relevantes do mercado. “Não entramos na gestão do projeto. Se os check points, realizados pelas partes envolvidas durante o projeto, estão indo bem não nos movemos. Se não estão, buscamos entender o motivo e ver se ainda vale a pena manter o parceira na Boutique Pool”, diz Beto, sócio-executivo e fundador da plataforma.

A plataforma surgiu, segundo Daniel, além de fundador, sócio-executivo de BPool, da necessidade de grandes empresas de entrarem em contato com parceiros menores. “Boa parte da verba de médios e grandes clientes vai para projetos. No entanto, a maior fatia do dinheiro é destinada a projetos maiores, enquanto, a menor fatia, em torno de 20% a 30%, gira em torno de menores”, explica. Do outro lado da cadeira, agências boutique, estúdios criativos e hubs de produção, de ex-profissionais que saíram de grandes companhias, a plataforma, diz Daniel, auxilia a promover conexão e demanda.

*Crédito da foto no topo: Vedanti/Pexels