Brasil fora da Copa altera estratégias das marcas
Apesar de não desejada, a notícia muda a dinâmica de patrocinadores, que se manifestam rápido nas redes sociais – ao contrário do que ocorreu há quatro anos, quando o 7 x 1 calou as marcas
Brasil fora da Copa altera estratégias das marcas
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BuscarApesar de não desejada, a notícia muda a dinâmica de patrocinadores, que se manifestam rápido nas redes sociais – ao contrário do que ocorreu há quatro anos, quando o 7 x 1 calou as marcas
Luiz Gustavo Pacete
6 de julho de 2018 - 17h25
Não deu. O Brasil não passou pela Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia e o sonho do hexa foi adiado mais uma vez. O clima que toma conta da torcida amplia o desafio das marcas que, nos últimos meses, se dedicaram a entrar nas conversas, apoiar a seleção e aproveitar ao máximo um momento tão importante do ponto de vista de marketing. Apesar da frustração e do fim da Copa para o Brasil, o evento não acabou para as marcas. A questão agora é o rumo a ser tomado nos próximos dias e a mudança de tom na comunicação.
Ao contrário do que ocorreu há quatro anos, quando o 7 x 1 calou as marcas na mídia tradicional e nas redes sociais, desta fez as estratégias traçadas anteriormente foram colocadas em prática. Imediatamente após o apito final da vitória de 2 x 1 para a Bélgica, marcas como Itaú e Guaraná Antarctica publicaram posts lamentando a eliminação do Brasil.
“O sentimento nunca vai mudar. Acreditar #issomudaojogo”, publicou o Itaú no Twitter. A operadora Vivo também postou: “Jogar junto é ter orgulho sempre. Valeu Brasil! #JogueJunto”. Já o Guaraná Antarctica se manifestou no Twitter: “Foi suado, foi! Foi intenso, foi verdadeiro. E continuaremos apoiando! O único time penta campeão mundial é Original do Brasil. E esse time a gente não abandona jamais. Rumo ao hexa. E o Catar é logo alí”.
E na página do Facebook do Guaraná Antarctica teve textão:
[LEVANTA A CABEÇA QUE LÁ VEM TEXTÃO]
Se o seu time de coração perde uma final, você continua apoiando.
Se é rebaixado, lá está você gritando por ele.
Seu time pode até passar vexame, mas você nunca abandona.
Jogadores dão o sangue pela camisa de seus clubes porque sabem que você não deixa a sua mofando no fundo de uma gaveta.
Mesmo na derrota.
Então a gente tem uma pergunta: você sabe do que é feita a Seleção Brasileira de futebol?
Ela não tem só um time em campo.
Carrega um pouco de cada um. Inclusive do seu.
Seja em campo ou no banco.
Jogadores, técnicos, preparadores, médicos, roupeiros, motoristas.
Cada um tem uma origem.
Cada um traz o melhor de onde vem.
Por isso, juntos, formam o melhor time da história do futebol.
O único time penta campeão mundial é Original do Brasil.
E esse time a gente não abandona jamais.
Rumo ao hexa. E o Catar é logo alí.
#TudoPelaSeleção
Também no Facebook, a Coca-Cola publicou a foto de uma garrafa vazia (veja ao lado) com o seguinte texto: “A sexta estrela não veio, mas este foi o ano em que voltamos a acreditar. E se hoje bateu um vazio, é pra lembrar que amanhã podemos dar um gás de novo, Juntos”.
De acordo com Daniela Bogoricin, diretora de estratégia de marcas do Twitter Brasil, em entrevista ao Meio & Mensagem ainda na fase de grupos, as marcas que atuam em eventos como a Copa que trazem esse tipo de risco, entendem e possuem estratégias que levam em consideração essas possibilidades e o entendimento de que o evento não se resume aos jogos da seleção brasileira. “Assim como todo grande evento, a Copa é uma oportunidade para que as marcas entrem nas conversas que acontecem todos os dias. Para que isso aconteça de forma genuína, o primeiro passo é priorizar a agenda das pessoas”.
Além do potencial digital desta Copa, ela também ocorreu em um momento de maturidade por parte das principais marcas envolvidas em relação ao uso de memes e gifs, que foram uma ferramenta importante para o marketing digital. Como reforçou Rodolfo Carvalho, gerente de marketing da Brahma: “Os memes são uma leitura e um entendimento de que o consumidor e o torcedor estão falando. É um termômetro do conteúdo que devemos fazer”.
Leia mais sobre as estratégias de marcas e veículos atrelados à Copa, no Brasil e na Rússia:
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