Cannes Lions 2016: inovação e entretenimento

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Comunicação

Cannes Lions 2016: inovação e entretenimento

Festival amplia conteúdo do Innovation Lions e apresenta pela primeira vez o Entertainment Lions, área que tem a música como um dos temas centrais


2 de junho de 2016 - 16h03

A praticamente duas semanas do 63º Festival Internacional de Criatividade de Cannes, os profissionais brasileiros que estão se preparando para a imersão no evento podem esperar doses ainda mais altas conteúdo sobre inovação e entretenimento. Afinal, nos últimos anos, o festival passou a olhar com mais atenção para esses dois temas, assim como para a tecnologia, e tratá-los com a mesma importância dada ao assunto protagonista do evento, a criação.

Na edição passada, por exemplo, o festival deu maior status à área Innovation Lions, transformada em um festival à parte, adicionando novas categorias, seminários e espaço para networking. Há dois anos, o setor de saúde e bem-estar também foi merecedor de uma área exclusiva, batizada de Lions Health. E, junto com essa expansão, os crachás que passeiam pelo Palais e pela avenida La Croisette durante o evento se diversificaram: de especialistas em dados e representantes das gigantes de tecnologia a marcas atrás das tendências de inovação passaram a se interessar ainda mais pelo evento, tradicionalmente frequentado pelos profissionais de agências e produtoras.

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Nick Law, vice-chairman da R/GA (Crédito: Divulgação)

Segundo Nick Law, vice-chairman da R/GA, o encontro de executivos de diferentes áreas em Cannes nada mais é, do que a extensão de um movimento que está ocorrendo dentro dos próprios celeiros criativos. “O criativo ainda tem seu lugar, mas, se quiser inovar, precisa se misturar ao pessoal de dados e designers de software. A inovação vem de diferentes lugares e o maior impedimento para as agências inovarem é a cultura. Se a cultura da agência gira em torno do diretor de arte e do redator, o pessoal do digital, lá no fim do corredor, fica sabendo da ideia somente no momento de ela ser executada. Assim, não irá inovar, pois estará sempre pensando da mesma forma”, avalia.

Novas influências

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Fred Saldanha, diretor executivo de criação da Huge Nova York (Crédito: Divulgação)

Fred Saldanha, diretor executivo de criação da Huge Nova York, acredita que há certa influência de eventos mais jovens, como Webby Awards, Fast Company Innovation e SXSW, nas alterações da programação de Cannes. “O frescor desses festivais provocou esse monstro adormecido em Cannes. O evento sempre foi um ermômetro da indústria que nós, profissionais, buscamos”, diz. Como membro do júri do Lions Innovation desse ano, Saldanha gosta de poder ver a relevância de cada um dos projetos do shortlist e de dar palco a essas novas ideias que, ressalta, não podem ser vistas somente como campanhas publicitárias. “Projetos inovadores têm de ser disruptivos. O abuso da palavra inovação evidencia o pouco entendimento do que é um projeto inovador. Muitas vezes, trabalhos intitulados como tal são apenas iniciativas interessantes que têm impacto momentâneo”, analisa.

Outros temas que crescem em importância dentro da programação de Cannes são música e entretenimento. Pharrell Williams, Selena Gomez, Lou Reed e Marilyn Manson são apenas alguns dos nomes da indústria musical que participaram de edições recentes. Neste ano, o evento reconhece o indispensável flerte entre marketing e cultura pop e realiza, pela primeira vez, o Entertainment Lions, mutação da categoria Branded Content & Entertainment para uma área mais ampla, que irá premiar cases em categorias como Branded Content & Visual Storytelling, Brand Experience e Talent (trabalhos que envolvam celebridades e influenciadores).

Dentro desse minifestival estreia também o Entertainment Lions for Music, categoria patrocinada pelo Spotify que irá contemplar iniciativas entre marcas e artistas, conteúdo musical, experiências ao vivo, entre outras. “Está tudo conectado. Originalmente, Cannes é um festival de cinema. Depois criaram um para TV e impresso e, agora, há esses novos elementos na indústria de criatividade. Não há nada que não possa ser conectado a uma marca se houver imaginação”, opina Law, que já foi presidente dos júris de Cyber, em 2011, e Innovation, em 2014.

A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1712, de 30 de maio, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.

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