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Comunicação

Em reestruturação, Ogilvy demite 80 funcionários nos EUA

John Seifert, CEO global da rede, diz que segundo semestre desafiador em 2019 levou ao corte na equipe


15 de janeiro de 2020 - 11h29

Por Lindsay Rittenhouse, do Ad Age

John Seifert, CEO global da Ogilvy: segundo semestre de 2019 foi desafiador e exigiu um olhar mais cauteloso para 2020 (Crédito: Arthur Nobre)

A Ogilvy demitiu 80 funcionários em nove escritórios nos EUA, resultando em um corte de 3,7% da equipe, de acordo com um comunicado interno emitido pelo CEO global John Seifert obtido pelo Ad Age.

Seifert anunciou que Leslie Sims, CCO da Ogilvy EUA, está deixando a operação como parte de uma reestruturação que priorizará a liderança regional. Além disso, com exceção de finanças e RH, a rede está cortando uma camada inteira de papeis de liderança em diversas regiões do mercado norte-americano.

Segundo o CEO, o segundo semestre de 2019 foi desafiador e, portanto, fez-se necessário um planejamento financeiro mais cauteloso para 2020.

“Continuamos a experimentar a volatilidade em nosso diverso portfólio de clientes. Apesar de novas conquistas importantes, enfrentamos redução de budgets e pressões sobre precificação; mudanças constantes no tipo de trabalho que fazemos; e as dinâmicas de um modelo de negócio baseado em projetos que torna as previsões para o ano e o planejamento financeiro muito desafiadores”.

No comunicado interno, Seifert agradeceu à ex-CCO Leslie Sims: “ela se juntou a nós em um momento importante para nossa jornada de transformação. Liderou o desenvolvimento de novas campanhas criativas para muitos clientes importantes e ajudou a energizar novamente nossos objetivos de negócio. Sou profundamente grato e desejo a ela o melhor”, escreveu. Leslie ingressou na Ogilvy como CCO em dezembro de 2018. Antes, trabalhou quatro anos na Y&R, também do WPP.

Com as mudanças, Seifert espera que a operação norte-americana da Ogilvy encerre 2020 com um desempenho mais forte nos negócios. Em entrevista recente ao Ad Age Ad Lib (podcast do Ad Age), Mark Read, CEO global do WPP, reconheceu as pressões inerentes à holding. “Se tenho uma frustração, é o fato de ainda sermos vistos como uma agência de publicidade antiquada que está sofrendo a disrupção provocada pelo Google e pelo Facebook”.

O executivo disse que, neste ano, o grupo deve retomar o crescimento na América do Norte e adotar uma nova estratégia criativa que deve sustentar a companhia no futuro.

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