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Comunicação

Fusões e aquisições entre agências em alta

Aumentam os negócios no Brasil, em razão do interesse externo e da soma de forças entre empresas nacionais


6 de abril de 2014 - 5h35

A compra da totalidade das ações da Taterka pelo Publicis Groupe. A fusão entre a Aktuell e a Mix, duas das maiores agências promocionais do Brasil. As aquisições pelo McCann Worldgroup da E/Ou, adicionada à operação local da MRM, e da Preview, que originou o lançamento no País da McCann Health. A transferência do controle acionário da CDN para o Grupo ABC. A entrada para a rede MSL da Espalhe. E a compra da iThink pela SapientNitro. Esses são os principais exemplos de como as fusões e aquisições se mantiveram aquecidas no mercado brasileiro em 2013.

A temperatura é confirmada pelo relatório recém-divulgado da consultoria KPMG, que coloca o setor de agências entre os de maior quantidade de negócios realizados no ano passado. Os 35 movimentos de fusões e aquisições citados no relatório, sendo 23 internos e 12 envolvendo aportes de empresas estrangeiras, representam alta de 45,8% em relação a 2012. O índice é muito significativo, já que a média dos 43 setores da economia monitorados pela KPMG foi de -2,45% (veja abaixo quadro com alguns setores). O estudo leva em consideração apenas o número de transações e não os valores envolvidos, até porque esse aspecto financeiro não é revelado em boa parte delas. Além disso, nos 35 negócios considerados pela KPMG há também alguns entre editoras, mas a grande maioria é de fusões e aquisições de agências.

“É um índice bastante expressivo, especialmente se considerado o momento não tão favorável da economia brasileira. Esse setor desperta interesse também porque não envolve muita transferência de ativos tangíveis. O mercado de agências continua muito aquecido e vem diversificando seus negócios para áreas como digital e redes sociais”, frisa Luis Motta, sócio da KPMG.

Também foi divulgado no final do mês passado o levantamento global da consultoria Results International sobre fusões e aquisições. O estudo, focado em compras feitas por multinacionais, também mostra alta de negócios no Brasil: de três em 2012 para sete em 2013. Considerando o resultado global, o grupo WPP foi o maior comprador do ano, com 54 aquisições (veja gráfico abaixo). O relatório da Results observa que, fora o anúncio da fusão entre Publicis e Omnicom, não houve grandes acordos em 2013, com as transações mais focadas em jovens empresas com perfil tecnológico, tanto que o setor mais ativo foi o de mobile, com 110 negócios (veja, abaixo, lista dos dez setores mais movimentados no ano passado).

“As multinacionais continuam interessadas em crescer nessa parte do mundo porque a crise não foi totalmente revertida nos Estados Unidos e na Europa”, opina Eduardo Steiner, diretor regional para a América Latina da Results International.
 

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6 de abril de 2014 - 5h35

A compra da totalidade das ações da Taterka pelo Publicis Groupe. A fusão entre a Aktuell e a Mix, duas das maiores agências promocionais do Brasil. As aquisições pelo McCann Worldgroup da E/Ou, adicionada à operação local da MRM, e da Preview, que originou o lançamento no País da McCann Health. A transferência do controle acionário da CDN para o Grupo ABC. A entrada para a rede MSL da Espalhe. E a compra da iThink pela SapientNitro. Esses são os principais exemplos de como as fusões e aquisições se mantiveram aquecidas no mercado brasileiro em 2013.

A temperatura é confirmada pelo relatório recém-divulgado da consultoria KPMG, que coloca o setor de agências entre os de maior quantidade de negócios realizados no ano passado. Os 35 movimentos de fusões e aquisições citados no relatório, sendo 23 internos e 12 envolvendo aportes de empresas estrangeiras, representam alta de 45,8% em relação a 2012. O índice é muito significativo, já que a média dos 43 setores da economia monitorados pela KPMG foi de -2,45% (veja abaixo quadro com alguns setores). O estudo leva em consideração apenas o número de transações e não os valores envolvidos, até porque esse aspecto financeiro não é revelado em boa parte delas. Além disso, nos 35 negócios considerados pela KPMG há também alguns entre editoras, mas a grande maioria é de fusões e aquisições de agências.

“É um índice bastante expressivo, especialmente se considerado o momento não tão favorável da economia brasileira. Esse setor desperta interesse também porque não envolve muita transferência de ativos tangíveis. O mercado de agências continua muito aquecido e vem diversificando seus negócios para áreas como digital e redes sociais”, frisa Luis Motta, sócio da KPMG.

Também foi divulgado no final do mês passado o levantamento global da consultoria Results International sobre fusões e aquisições. O estudo, focado em compras feitas por multinacionais, também mostra alta de negócios no Brasil: de três em 2012 para sete em 2013. Considerando o resultado global, o grupo WPP foi o maior comprador do ano, com 54 aquisições (veja gráfico abaixo). O relatório da Results observa que, fora o anúncio da fusão entre Publicis e Omnicom, não houve grandes acordos em 2013, com as transações mais focadas em jovens empresas com perfil tecnológico, tanto que o setor mais ativo foi o de mobile, com 110 negócios (veja, abaixo, lista dos dez setores mais movimentados no ano passado).

“As multinacionais continuam interessadas em crescer nessa parte do mundo porque a crise não foi totalmente revertida nos Estados Unidos e na Europa”, opina Eduardo Steiner, diretor regional para a América Latina da Results International.
 

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