No Brasil, Toscani volta a criticar a publicidade
Ao participar de ação promocional de shoppings do Espírito Santo, fotógrafo italiano que ficou famoso pelas campanhas da Benetton diz que agências de publicidade ?são organizações criminosas?
No Brasil, Toscani volta a criticar a publicidade
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BuscarAo participar de ação promocional de shoppings do Espírito Santo, fotógrafo italiano que ficou famoso pelas campanhas da Benetton diz que agências de publicidade ?são organizações criminosas?
Alexandre Zaghi Lemos
5 de novembro de 2014 - 7h22
Autor de livros como “A publicidade é um cadáver que nos sorri” e famoso internacionalmente pelas campanhas provocativas da marca Benetton, o fotógrafo italiano Oliviero Toscani foi contratado pelo Grupo Sá Cavalcante, do Espírito Santo, para participar da campanha #VamosFicarJuntos, ação de Natal dos quatro shopping centers controlados pela empresa no estado. E, como de costume, Toscani aproveitou a passagem pelo País nessa semana para dar declarações polêmicas.
A edição Grande Vitória do jornal Metro publicou na segunda-feira 3, uma entrevista com Toscani. Perguntado sobre o que acha do trabalho das agências de publicidade, Toscani disparou: “São organizações criminosas que só querem consumidores, pessoas que gastem seu dinheiro em coisas que talvez nem precisem. Para mim, o ser humano é mais que isso. Ele é o ser humano”.
Ele também disse que a publicidade brasileira não tem uma identidade própria e copia demais a norte-americana. “Vocês não precisam ser yankeers”, ironizou. Em entrevista à TV Capixaba, Toscani disse ainda que não faz campanhas: “quem faz campanha é militar”.
A regional Espírito Santo da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) se incomodou com as declarações de Toscani. O presidente da Abap/ES, Fernando Manhães, enviou carta ao jornal Metro para repudiar “de forma categórica” a opinião do fotógrafo, ressaltando que a publicidade é “uma atividade lícita, que respeita os clientes, promove o desenvolvimento da economia e paga seus impostos como qualquer outra atividade regular no nosso país”.
“O que deseja o Sr. Toscani é difamar uma atividade produtiva e importante no mundo empresarial”, frisa Manhães, ressaltando que o fotógrafo italiano também faz publicidade, “mesmo que as suas criações sejam revestidas de um verniz de um gosto duvidoso e que busque como primeira necessidade, chocar as pessoas”.
A Abap também criticou o anunciante que contratou Toscani: “Lamentamos que o Grupo Sá Cavalcante seja o patrocinador da passagem do Sr. Toscani em nosso estado e que de alguma forma usufrui da imagem do grupo e das páginas do Metro, para fazer publicidade de seu trabalho e atacar os outros”.
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