Wando: o garotopropaganda sem vergonha

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Wando: o garotopropaganda sem vergonha

Cantor participou de campanhas e deu entrevista ao Meio&Mensagem. Confira.


8 de fevereiro de 2012 - 11h55

O cantor Wando, morto na manhã desta quarta-feira, 8, emprestou algumas vezes sua imagem para campanhas de marcas brasileiras. Em 2005, sua música Joia de Amor virou trilha da campanha da DPZ, com os versos “Me aperta, me cheira. Me chama de Mon Bijou”, para o produto da Bombril. Alguns anos depois, a iniciativa foi repetida com a participação do ator Reynaldo Gianecchini ao lado de Carlinhos Moreno.

Em 2008, Wando foi a voz da rede varejista Eskala, na ação “Você é Luz”, da NBS, onde o sucesso “Fogo e Paixão” marcou a trilha. O objetivo? Vender 3 milhões de calcinhas do estoque, que sumiram em pouco tempo. 

Mais recentemente, o maior esforço publicitário do qual participou. Com investimentos de R$ 30 milhões, a marca Ace, da P&G, criou uma ação de transmedia storytelling centrado em um sutiã encardido encontrado no quarto de um rapaz. Wando apareceu nos comerciais e gravou um clipe da música-tema, que seria utilizada em seus shows. Segundo a Leo Burnett Tailor Made, a ação terá um segundo capítulo, mas a participação do cantor não estava prevista. A agência lamentou em sua página no Facebook a morte do cantor.

Mineiro de Cajuri, Wando distribuiu leite e jornal, foi feirante e dirigiu caminhão antes de fazer sucesso como cantor. “Um dia descobri que a música atrapalhava tudo isso. E aí fui fazer shows em bares pequenos até ser descoberto como compositor. Daí, fui para o eixo Rio-São Paulo. Depois de 3 meses aqui, eu já tinha meu primeiro sucesso como compositor, “O importante é ser fevereiro”, gravado pelo Jair Rodrigues”, afirmou, em entrevista ao Meio&Mensagem, concedida em outubro de 2010, enquanto fazia uma temporada no Bar Brahma, no centro de São Paulo. “Eu já trabalhei muito na noite de São Paulo. Este é o pedaço onde eu comecei. Aqui eu dou uma reciclada, volto no tempo na vida. E fico mais próximo das origens, porque se não você fica besta”, disse. 

A última menção a Wando na publicidade veio nesta terça-feira, 7, quando a Duloren lançou um anúncio criado pela Agnelo Pacheco para dar força ao cantor, que estava internado desde o dia 27. A peça mostrava uma mão segurando uma calcinha vermelha e o texto “A Duloren estima as melhoras do seu maior colecionador”.

Abaixo, algumas frases de Wando sobre publicidade e campanhas das quais ele participou:

Sobre a suspensão da campanha de Devassa com Paris Hilton (Mood):

“O que acontece é que o mundo é uma roda e ele fica careta em alguns momentos. Em muitos shows meus, por exemplo, o contratante pede pra não distribuir calcinhas, porque não pega bem. Mas eu acho até bom ficar careta de vez em quando. Mas tem uma coisa: essa história de olhar a mulher trocando de roupa na janela pode até ser proibida na televisão. Mas essa mania não vai acabar nunca”.

Sobre a maçã, sua marca registrada:

“As mulheres viraram nomes de fruta. Tem pera, morango, melão, melancia, mas nenhuma é maçã, o que está errado, porque as mulheres já estão associadas a ela desde o começo, por causa da história do pecado da maçã. Precisamos de uma mulher maçã”.

Garota-propaganda ideal:

“Homem gosta de mulher gostosa. Ou então de uma mulher que tenha a fala mansa, aquela mulher que passa a ideia de que jamais vai brigar com ele. Eu acho que os homens gostam disso, e as mulheres às vezes não entendem muito bem. Elas brigam com a gente”

Conselho aos publicitários:

“Eu acho que em propaganda você tem que ser curto, grosso e criativo, senão não adianta. Só que isso não é nada fácil. Eu já fui feirante, e quando você trabalha em feira livre, você descobre que tem metade de um dia para vender todo o seu produto, senão você vai ter que levar pra casa ou dar pra alguém. Por isso, é mais fácil você tentar dar um jeito de vender tudo, mesmo que seja mais barato”.

Talento para a publicidade:

“Eu acho que seria um bom publicitário. Se me derem uma boa ideia eu vou vender bem. E tenho ótimas ideias também. É só me procurarem. Eu tenho uma que seria uma mininovela sobre publicidade, que seja transmitida por uma semana. Obviamente, tem que ter uma boa história. E de preferência, que seja uma boa história de amor. Daria pra vender vários produtos, como um cartão de crédito. Imagine uma mensagem assim: “tem muitas coisas que farão sua mulher rir, ao invés de brigar. Dê um cartão pra ela!”. 

Wando e as calcinhas:

“Eu sempre achei que temos que ter outra opção no palco, além da música que estou cantando. E de preferência um presentinho, porque as pessoas adoram de ganhar alguma coisa. O mais comum por aí é jogar rosas, porque as mulheres continuam gostando delas, de preferência as vermelhas. No caso das maçãs e das calcinhas, elas surgiram a partir das músicas que eu fiz. As calcinhas passaram a fazer parte da minha carreira após um disco que se intitulou Tenda dos Prazeres. Eu resolvi botar a calcinha na capa, porque a calcinha é uma tenda e provavelmente cobre a parte mais íntima da mulher e onde os homens arrancam os melhores prazeres”.

Sobre diversificar seus negócios e investir, por exemplo, em uma grife de calcinhas:

“Ah, sinceramente, eu não quero fazer isso não. Não quero mais do que já tenho, sou tranquilo”.
 

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