Projeção mapeada como alternativa
Cases que adotam estratégia de projeções audiovisuais se multiplicam
Cases que adotam estratégia de projeções audiovisuais se multiplicam
Meio & Mensagem
18 de julho de 2011 - 4h30
A projeção mapeada ou mapping está sendo mais usada no Brasil. O trabalho torna possível criar ilusões visuais através da projeção de filmes sobre superfícies variadas que servem de tela. O recurso chama a atenção do público com ações audiovisuais e ilusões de ótica, que além de mostrarem conteúdo artístico, utilizam pontos históricos e turísticos como cenário. Esses cases também têm conquistado prêmios.
Fundada pelo VJ Alexis Anastasiou, a Visualfarm agora é conhecida além do universo do marketing. Isso porque fez parte da criação da campanha que foi apelidada pelo público como o “Abraço do Cristo”. A estratégia de fazer o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, dar um “abraço” fazia parte da ação “Carinho de verdade”, da Monumenta, de Brasília, desenvolvida para o Conselho Nacional do Sesi de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. O vídeo que mostra o Cristo de baraços fechados, também fez sucesso na internet e ganhou prêmios em festivais internacionais de publicidade.
O primeiro projeto de mapping da produtora aconteceu em 2007 e utilizou a fonte do Ibirapuera como “pano de fundo” em um trabalho para o Pão de Açúcar criado pela Divina Comédia. Outra ação, planejada pela Playcorp, utilizou a fachada do Teatro Municipal de São Paulo para a prefeitura. De acordo com Rafael Becker, diretor de criação, a Visualfarm faz constantes pesquisas no exterior em busca de ideias, softwares e equipamentos. Ele conta que o trabalho para as agências exige muita sinergia e troca de experiências. “Os criativos desconhecem todas as possibilidades. Nosso trabalho é mostrar e se adequar ao tempo para a execução”.
Grande parte da equipe de 45 pessoas¬ da Visualfarm foi formada na própria empresa, geralmente profissionais vindos de produtora. Eles se dividem em projetos que podem atingir até 2000 horas de trabalho, envolvendo criação, ajustes, testes, instalação, programação de software e adequação.
Para Dudão Melo, diretor de comunicação da Visualfarm, a próxima tendência envolvendo projeção é o mapping indoor,¬ com conceitos de cenografia no ponto de venda aplicado em ações de visual merchandising. “Geralmente, são ações de ativação que acabam gerando muito efeito e retorno”, acrescenta. Quem já recorreu a essa estratégia foram Samsung, Nextel e a grife Farm, do Rio de Janeiro.
Também atuante no segmento, a SuperUber, empresa que tem sede no Rio de Janeiro e filiais em São Paulo e Nova York, já desenvolveu projetos no Brasil e no exterior, como é o caso de uma ação durante a Copa de 2006, em Berlim, que homenageou Pelé. Tratava-se de uma instalação em formato de jogo que recebeu o nome de Super Pong. A ideia foi unir o bom futebol e o pebolim em uma releitura digital. O jogo permitia a participação de até oito pessoas e foi desenvolvido para a Prime, empresa que cuida da marca de Pelé.
A SuperUber cria seus próprios softwares. “Acreditamos que essa é uma maneira de não nos engessarmos em um sistema que terá suas limitações”, explica Liana Brazil, uma das sócias, arquiteta com formação em multimídia pela Universidade de Nova York. Ela aponta as projeções mapeadas em miniatura como sendo os novos filões do mercado. “Os museus do mundo todo estão cada vez mais interativos e tecnológicos, oferecendo espaços para esse tipo de inovação artística”.
Efeito Cidade Limpa
Para Hugo Rodrigues, diretor da On Projeções, o fato de a Lei Cidade Limpa ter extinguido o outdoor em São Paulo provocou uma mudança de pensamento no mercado publicitário para que se procurassem novos espaços. “Esse processo ocorreu na mesma época que as grandes projeções estavam acontecendo na Europa e logo o mercado absorveu a novidade”, explica. O executivo destaca que a Lei ajudou inclusive a “limpar” certos espaços que hoje podem ser usados como cenário para esses trabalhos. Desde 2007 a On Projeções faz mapping. Um dos mais recentes trabalhos é o case para o Discovery Channel apresentar sua série “Planeta Humano”. A ação teve criação da própria On e contou com três projetores que formaram uma tela na fachada do Masp, em São Paulo.
<
Compartilhe
Veja também
iFood quer reforçar sua identidade como marketplace
Nova campanha tem como objetivo mostrar aos consumidores que o app vai além do delivery de comida, atendendo também a demandas em outras categorias
EUA força Google a vender seus produtos de ad tech
A empresa está sendo acusada de monopolizar o mercado e agora enfrenta um conjunto de medidas propostas pelo governo