Publicis tem queda de receitas no Brasil
Operação do grupo francês no País cai 0,6% no primeiro semestre, refletindo mal-estar global
Operação do grupo francês no País cai 0,6% no primeiro semestre, refletindo mal-estar global
Meio & Mensagem
22 de julho de 2014 - 5h57
O Publicis Groupe, terceira maior holding do mercado de comunicação, apresentou nesta terça-feira, 22, o seu balanço financeiro relativo ao primeiro semestre de 2014. Os números apontam uma queda de 0,6% nas receitas da operação brasileira, composta pelas redes Publicis, Saatchi&Saatchi, BBH e Leo Burnett.
A situação não foi muito diferente no resto do mundo, já que a empresa atingiu crescimento de receitas de 0,2% considerando todas suas operações – sendo que houve uma desaceleração no segundo trimestre – e queda de 1,5% nas receitas.
O resultado do Brasil, no entanto, foi pior do que outros mercados que costumavam crescer menos, especialmente os Estados Unidos, com alta de 2,8%, e na França, com 4,2%, em grande parte guiada pelas receitas digitais. Mesmo entre os emergentes, a queda de receitas do Brasil é rara, já que a Rússia cresceu 5,9%, o México, 10,3%, a China, 1,4%. Outro resultado negativo foi na Índia, com queda de 14,7% nas receitas.
Países tradicionais como Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália também tiveram quedas. “Os dados não são satisfatórios de acordo com nossos padrões”, resumiu o CEO global, Maurice Lévy.
A queda de receitas prejudicou os resultados do grupo, que teve queda no lucro líquido de 17%. Lévy culpou o adiamento de campanhas e problemas econômicos nos países da Europa e de países emergentes. Obviamente, o cancelamento da fusão do Publicis com o Omnicom também pesou. “Houve um grande foco na fusão, desviando atenção dos negócios do dia-a-dia”, afirmou.
Os resultados convenceram o Publicis a mudar seu planejamento estratégico para os próximos anos. Lévy pediu aos CEOs de cada operação um esforço extra para ampliar o crescimento e as margens de lucro, além de considerar a transformação digital como ponto central da estratégia. “A competição no mercado será definida por aqueles que dominarem o digital. Alguns concorrentes não estão nem no começo. Eles estão até melhorando, mas em dois anos, irão sofrer por não terem investido no digital”, afirmou Lévy.
Dessa forma, está claro que as aquisições de empresas de publicidade digital são a grande prioridade do Publicis. Lévy esclarece que a holding tem dinheiro para isso e que será seletiva, optando por empresas de pequeno e médio porte, até pela falta de opções de grandes agências digitais.
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