Trilhas premiadas: a história por trás do Grand LIA
Lucas Sfair, da Canja Audio Culture, fala sobre os três cases da produtora premiados no LIA deste ano, entre eles o que ganhou o GL
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Isabella Lessa
23 de novembro de 2021 - 15h50
Pelo segundo ano consecutivo, a Canja Audio Culture ganhou o título de produtora latino-americana de áudio do ano no London International Awards (LIA).
A produtora ganhou um Grand LIA na categoria Music & Sound – única premiação máxima conquistada pelo Brasil nesta edição – e 1 Ouro com o case “Retratos da Violência”. Criado pela We para a Associação Fala Mulher e a Rede TV!, o trabalho teve produção da Santeria e pós-produção da Clan Vfx. O filme traz imagens P&B de mulheres de diferentes idades, etnias e classes sociais que capturaram expressões antes, durante e depois de agressões. A dramaticidade das imagens é amplificada pela trilha de autoria da violoncelista Noélle Bonacin, que compôs a partir das próprias sensações ao assistir à peça pela primeira vez.
Além destes dois prêmios, a empresa de Curitiba ganhou outros dois prêmios, criados para outros países.
Lucas Sfair, sócio e diretor criativo da Canja, que está prestes a completar dez anos de operação, conta as histórias por trás de cada uma das três campanhas premiadas:
“Retratos da Violência”, criada pela We para a Associação Fala Mulher – Grand LIA em Music & Sound e 1 Ouro em Music & Sound
“Este trabalho não era sobre música: o grande lance era chamar 600 mulheres que foram vítimas de abuso doméstico e fazer retratos com cada uma delas. A ideia era para que o espectador sentisse na pele a sensação dessas violências. Junto com a criação da We chegamos à conclusão de que ninguém melhor que uma mulher para assistir e entrar nesse exercício de empatia. De certa maneira, o que fizemos com Noélle não é música, mas sim ruídos. Ela usa diversas técnicas, que não são melodiosas, geram angústia. Explicamos a ela que não era para ser uma música, não precisava ter linha melódica ou tempo musical. No final de contas, acabamos gerando algo musical e artístico. Este foi o único trabalho finalista em música original em Cannes. Fui jurado do LIA e não posso votar no meu próprio trabalho, mas todos os outros membros do júri votaram Ouro”
“Down and Out Kidney”, criada pela Area 23 para Horizon Therapeutics – 1 Bronze em Music & Sound – Music Original – Score
“Este trabalho também exigiu mais raciocínio musical em cima de um filme construído em cima de um filme em que música teria destaque. É uma história do ácido úrico que tem amizade tóxica com um rim. Criamos uma dinâmica em que cada instrumento representa um dos personagens. Toda vez que aparece o rim, toca o fagote, que é um instrumento doce, o timbre dele é doce. Assim como o rim, que é doce e ingênuo. Já para o ácido úrico escolhemos uma guitarra distorcida, porque ele é agressivo, ardiloso. É um duelo entre fagote e guitarra distorcida”
“Lennon Walls”, da HK Freedom – 1 Bronze em Radio & Audio – Original Music
*Crédito da imagem no topo: Reprodução
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