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Comunicação

“Vou começar de novo”, diz Martin Sorrell

Em conferência em Nova York, ex-chefe do WPP declarou seu amor à indústria e disse que, do lado de fora, consegue ver oportunidades com mais clareza


8 de maio de 2018 - 14h52

Por Megan Graham, do Advertising Age

Martin Sorrell diz que não planeja uma “aposentadoria voluntária ou involuntária” e pretende começar de novo. A declaração ocorreu na manhã desta terça-feira, 8, durante a conferência Techonomy NYC 18, em Nova York.

Martin Sorrell (Crédito: Divulgação)

O ex-CEO do WPP subiu ao palco do evento para uma entrevista com David Kirkpatrick, fundador e CEO da Techonomy. Quando questionado sobre o que fará daqui para frente, disse: “Bom, a primeira coisa que farei é dizer ao meu filho: ‘Te ligo mais tarde’”, referindo-se ao celular que tocava sem parar. “Vou começar de novo… não lhe contarei nada mais sobre isso. Digo que começarei de novo. Não vou me aposentar voluntária ou involuntariamente”, continuou.

Sorrell também falou sobre seu amor pela indústria. “Foi serendipity quando aconteceu, quando conheci os irmãos Saatchi em 1975. Foi serendipity. Houve sorte. Estava à procura de uma indústria onde as barreiras para entrar, não físicas, mas mentais, não fossem significantes, e essa foi uma indústria onde pensei, como a esportes e a de entretenimento, que as barreiras para entrar fossem muito, muito baixas e extremamente abertas”.

Com o passar dos anos, ele revelou que foi descobrindo a indústria como algo muito atraente para prosseguir sua carreira.

“É algo de que gosto. As pessoas são engajadas. Às vezes elas podem ser difíceis. Na verdade, quanto melhores as pessoas, mais difíceis elas são”.

Quando uma pessoa da plateia pediu para que comentasse sobre o futuro da publicidade tradicional, Sorrell respondeu: “Posso dizer que tem sido extraída, por assim dizer, se é que essa é a palavra certa, do WPP”.

Kirkpatrick perguntou qual seria a palavra certa e Sorrell repetiu: “extraída”.

O executivo então finalizou sua participação no evento dizendo que as companhias longevas têm aspectos positivos, como reputação, conhecimento e experiência, junto com “problemas e obstáculos”.

“Depois de ter sido extraído do WPP, acho que posso ver mais claramente onde estão as peças de crescimento e as peças desafiadas. Não quero dizer que o negócio de publicidade tradicional não é capaz de se reinventar. É capaz e será reinventado”. Ele disse que qualquer um no comando das holdings entende isso.

Em meio a tantas questões sobre como será o futuro das agências, ele disse acreditar que “tecnologia, dados e conteúdo são muito importantes”. “Tentar juntar esses elementos é extremamente importante”.

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