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Wieden+Kennedy mira reinvenção

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Comunicação

Wieden+Kennedy mira reinvenção

Com mudanças no mercado, agência espera continuar contando grandes histórias em todas as mídias


16 de outubro de 2012 - 9h40

Não pergunte a Dan Wieden o que esperar da Wieden+Kennedy e do mercado publicitário nos próximos anos. “Não sei sequer o que vai ocorrer na próxima semana”, afirma. Mas, naturalmente, a agência está de olho no que vai acontecer no mercado para, mais uma vez em sua história, se adaptar às circunstâncias do negócio. “O que nos chama a atenção é entender que tipo de agência vai surgir no futuro. Que tipos de talentos e expertises serão necessários? Como entretenimento, social media e digital trarão aspectos interessantes e diferentes para o mercado?”, questiona.

Para Dan Wieden, que foi um dos palestrantes do MaxiMídia 2012, a palavra de ordem desde já, afirma, é integração. “Não podemos mais separar publicidade tradicional de digital. Nosso objetivo é nos movimentar no lado digital do negócio e ser a melhor agência dessa nova era. Mesmo tendo origem como agência tradicional, precisamos nos adaptar e ser a melhor empresa sob este novo modelo”, frisa Wieden. Nesse sentido, uma das grandes dificuldades da agência tem sido encontrar profissionais habilitados a lidar com as duas faces da moeda como sendo um único lado. “Não é fácil contratar pessoas com especialização no mundo digital. Mas daqui a cinco anos eles serão tão comuns quanto os profissionais que atuam somente em publicidade tradicional hoje”, acredita David Luhr, diretor global de operações da agência.

Para ele, no entanto, alguns valores continuarão perenes. “Claro que os clientes e produtos serão diferentes daqui a 10 anos. Mas no final das contas, todos precisam saber como contar histórias, e indicar quais são suas atitudes. Se olharmos para Apple e outras empresas inovadoras, eles usam ações tradicionais para se comunicar. Por isso, acredito que ainda há muitas maneiras diferentes de começar uma conversa, inclusive as que sempre tivemos”, aponta Luhr.

A relação com clientes e consumidores é importante, mas os contatos com os fornecedores serão tão relevantes quanto, já que a qualidade da execução se mostrará mais importante do que antes para suportar uma grande ideia. No caso da W+K, a política de buscar sempre os melhores diretores para a etapa da produção é fundamental. E esse é um dos principais fatores para manter a independência em relação aos grandes grupos da publicidade mundial. “Não baseamos nosso contato com as produtoras por relacionamento, mas sim pelo talento. Olhamos para um determinado trabalho e nos questionamos quem é o melhor para isso”, conta Luhr. “Isso só acontece pela nossa independência enquanto negócio. Não temos objetivos focados nas finanças, por isso, podemos trabalhar sempre com os melhores parceiros para cada projeto”, completa.

Naturalmente, não é a primeira vez que a agência se vê diante dessa necessidade de mudanças. Algumas vezes, no decorrer de seus 30 anos, a Wieden+Kennedy já precisou se adaptar. Uma das grandes necessidades neste período, por exemplo, foi a abertura de escritórios em outros países, inclusive o Brasil (confira entrevista abaixo).
 

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Além disso, a Wieden+Kennedy precisou correr para se adequar ao digital. Essa foi, em 2007, uma das razões sugeridas para perda de parte da conta de Nike. Além de recuperar a conta apenas um ano depois, a agência passou a fazer para a marca alguns dos trabalhos de mídia digital mais reconhecidos internacionalmente, sem perder o grande filão nos bons e velhos comerciais de televisão.

Outra delas foi buscar clientes menos identificados com a Nike, conta que fundou a agência. “A P&G, por exemplo, tinha um posicionamento muito tradicional, mas reconheceu o valor de uma boa ideia e apostou em nós para explorar isso”, afirma Luhr. “Mark Pritchard (diretor global de marketing do anunciante) é um grande cliente, que obteve grandes resultados por causa da publicidade. E isso lhe dá mais confiança para investir nisso. Um bom trabalho sempre resolve problemas e faz coisas incríveis acontecerem”, completa.

Sem escravidão
Dan Wieden é co-fundador da Wieden+Kennedy ao lado de David Kennedy, que deixou o negócio no começo dos anos 1990. Vencedor do Agency of the Year no Festival de Cannes deste ano, Wieden diz não se preocupar tanto com prêmios, mas sim com seus funcionários e com a cultura construída nestes 30 anos de mercado.

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