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Wieden Kennedy tem seu anjo de guarda

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Comunicação

Wieden Kennedy tem seu anjo de guarda

Agência escala sócios globais para guiar novos escritórios e o Anthony Davidson assume papel no Brasil


29 de outubro de 2012 - 11h51

 A lista de cargos pitorescos na publicidade acaba de ganhar mais um nome: a Wieden+Kennedy passa a ter anjos da guarda. Na verdade, não há um nome oficial para o papel, que tem como principal função ajudar a fortalecer a cultura da agência nos escritórios da micro-rede, especialmente os mais novos.

Tony Davidson, sócio global e diretor executivo de criação da Wieden + Kennedy de Londres será o anjo da guarda da operação brasileira. Ex-presidente do D&AD e conhecido pelo comercial “Grrr”, de Honda, premiado com o Grand Prix de Film em Cannes no ano de 2005, ele ajudou a fundar a agência no Reino Unido em 2000 e seu apontamento visa garantir que alguém possa acompanhar a Wieden+Kennedy brasileira em seus primeiros anos – a agência está prestes a completar dois anos de mercado.

“Não estou nesse cargo para impor coisas, porque a ideia da agência não é criar uma Wieden+Kennedy dos Estados Unidos no Brasil, mas sim uma nova agência brasileira com a mesma cultura de Portland e com total liderança de quem está aqui”, explica Davidson, referindo-se aos executivos locais André Gustavo (diretor-geral), Ícaro Dória e Guillermo Vega (diretores executivos de criação).

Da mesma forma, afirma Davidson, sua atuação não tem a ver com os resultados financeiros. “Somos diferentes de outras redes que compraram agências no Brasil para fazer dinheiro. Não é a meta. O desafio é manter nossa filosofia em um mercado totalmente diferente como o brasileiro, em que a TV ainda é muito forte e a mídia está dentro da agência”, completa.

A supervisão de Davidson é vista com bons olhos pelos executivos locais. “Ele vai nos ajudar a manter o DNA. Nós queremos ser uma agência Wieden+Kennedy e não uma agência brasileira de porte médio como tantas outras”, esclarece Andre Gustavo. Alguns dos outros anjos da guarda já apontados são Tom Blessington em Tóquio e Neil Christie em Bombai.

Davidson, que continua atuando em Londres, mas que viajará para o Brasil algumas vezes, dará suporte para a agência no momento em que ela busca ganhar caldo no mercado brasileiro, por um lado, e se posicionar diante da rede, do outro. “Saímos de duas pessoas, eu e o Gustavo Andre, para mais de 80 hoje”, pontua Dória.

Em seus primeiros momentos, a agência ainda doa muito de seu tempo para auxiliar os outros escritórios. Tanto que, no Festival de Cannes de 2012, foi premiada com um Leão de Bronze pelo comercial “Motocicleta”, uma criação conjunta com o escritório de Portland. Mas a “exportação” perde espaço conforme a agência conquista contas.

A novidade mais badalada recentemente foi Nike, que chegou à W+K após concorrência, apesar de este ser o cliente inaugural do escritório de Portland. “Não existe mais essa história de alinhamento. Tivemos que batalhar para ter esses clientes”, afirma Gustavo, referindo-se ainda a Levi´s, Heineken, P&G e Coca-Cola. Para esta última, a agência fará a campanha global da Copa do Mundo de 2014, que já teve o comercial de lançamento do mascote, e para a penúltima, a campanha olímpica de 2016.

Entre as marcas atendidas localmente ou regionalmente estão Comedy Central, uma programa de TV que está sendo lançado na América Latina, Basf, Diageo, Del Valle (marca da Coca-Cola), SporTV, Tiffany & CO., e uma novidade, que marca a entrada da agência na área financeira: Banco Original.

Para todas elas, a ordem é não economizar na criatividade, como forma de se posicionar no mercado. “Muito do trabalho que estamos fazendo hoje vai aparecer para o mercado nos próximos dois anos”, promete Dória. Uma das campanhas, que deverá marcar a estreia da agência no atendimento a Nike, será a ação para divulgar a Corrida de 10k, que ocorre no Rio de Janeiro em 9 de dezembro.

Em relação a novos negócios, Gustavo acredita que este momento seja o de consolidar o trabalho aos atuais clientes. “Não podemos saltar de 80 funcionários para 200 de uma hora para outra, sem cuidar dos atuais clientes”, aponta. A estratégia está alinhada com as expectativas do anjo da guarda britânico, que espera colher os resultados em breve.

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