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Opinião

A gestão eficiente de causas importa para muita gente, inclusive para você

Se aproximar de causas sustentáveis não é apenas uma decisão de marketing, de recursos humanos ou de responsabilidade social, mas uma meta da empresa para a manutenção da boa relação com investidores e todos os stakeholders


5 de fevereiro de 2021 - 12h13

Cris Camargo (Crédito: Divulgação)

Como provocou Simon Sinek recentemente, associações não deveriam definir-se como “entidades sem fins lucrativos”, mas sim como negócios em que a métrica “lucro” significa o tamanho do impacto e a transformação da sociedade. E, ao que tudo indica, em breve esta também será uma das métricas básicas das empresas “com fins lucrativos”.

Isso está em discussão não apenas pelos órgãos reguladores, como na futura regulamentação da União Europeia sobre relatórios não-financeiros de grandes corporações, mas também por investidores, a exemplo de Larry Flink, CEO da BlackRock, que busca o maior cuidado possível com seus impactos socioambientais. A intenção é incentivar o lucro sustentável.

Aqui, enxergo duas oportunidades: empresas buscando quem entende de impacto socioambiental com o intuito de apoiá-las nesta jornada e, de outro lado, ONGs, associações e negócios do terceiro setor, numa corrida por estes projetos.

Sairão na frente aquelas que estiverem alinhadas não apenas com a entrega dos projetos, mas também com princípios básicos da gestão eficiente e sustentável como ética e transparência. A primeira razão para essa conclusão é a crescente demanda do consumidor: quase 70% dos profissionais do mercado esperam que o público se importe mais com sustentabilidade, segundo um relatório recente da Euromonitor.

O envolvimento de marcas com causas relacionadas ao impacto social ou ambiental pode ter parecido, por algum tempo, um privilégio para algumas marcas que conseguiam se dedicar a isto, mas as movimentações de mercado demonstram que essa atitude poderá se tornar fundamental para o futuro dos negócios e das empresas.

Além disso, novas pressões também devem chegar em breve à mesa dos executivos, especialmente com a nova proposta de relatórios não financeiros da União Europeia, que será apresentada em fevereiro. A promessa é que os próximos relatórios tornem temas ambientais, sociais e de governança quase tão relevantes quanto questões financeiras, encorajando atitudes corporativas mais responsáveis.

Dito isto, se aproximar de causas sustentáveis não é apenas uma decisão de marketing, de recursos humanos ou de responsabilidade social, mas uma meta da empresa para a manutenção da boa relação com investidores e todos os stakeholders. A nossa expectativa é que surjam novas oportunidades de parcerias com entidades especialistas na defesa de causas que sigam neste sentido.

Faço aqui meu convite para ONGs e Associações que queiram conversar sobre o tema.

Negócios de impacto precisam e merecem ser muito bem administrados.

O lucro não nos define. Os impactos reais na sociedade, sim.

*Cris Camargo é gestora de negócios de impacto. Está à frente do IAB Brasil há 7 anos, onde atua hoje como CEO, além de fazer parte do conselho de iniciativas como Aladas e ABRAPHEM.

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