A nova era de produtos digitais e os três elementos para o impacto de negócio

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Opinião

A nova era de produtos digitais e os três elementos para o impacto de negócio

Quando bem estruturados esses elementos se tornam chaves para qualquer organização buscar e atingir alto impacto e competitividade no âmbito digital


11 de maio de 2021 - 8h04

Solange Sobral (Crédito: Divulgação)

A tecnologia já está ligada de forma intrínseca à operação e aos negócios das empresas que atuam no século 21. Parte essencial disso passa pelo desenvolvimento de soluções e aplicações digitais, que conhecemos como software. Porém este, da maneira que as organizações conheciam há anos — engessado e isolado do resto da operação — não funciona mais nos dias atuais. Hoje, o software se tornou parte essencial do negócio e consequentemente do sucesso das empresas bem-posicionadas no âmbito digital. Atualmente ele é o produto e o produto é o core do negócio das empresas. Com isso, é preciso repensar todo o modelo de gestão de soluções digitais e como esse processo terá impacto direto para o mercado e para o consumidor.

Quando uma empresa se propõe a criar um produto digital, existe um caminho a ser trilhado entre a ideia e o impacto, e isso passa pelo desenvolvimento do software. No contexto digital, além da conhecida engenharia de software, existem outros elementos que entram nessa equação: especialmente a capacidade de desenvolver e de atualizar a estratégia, bem como os mais recentes métodos de design. As características do ambiente digital e as necessidades dos consumidores na ponta, trazem novos requisitos para o desenvolvimento de soluções. A consultoria Gartner, por exemplo, estima que até 2023, 80% das organizações de TI terão passado por uma reestruturação radical para adotar o modelo operacional de gestão de produtos.

No que tange à gerenciamento de produtos digitais, posso citar aqui três elementos essenciais para que as empresas consigam desbloquear todo o seu potencial:

Pessoas em primeiro plano

O principal ativo de qualquer organização é e sempre serão as pessoas — tanto as consumidoras como as que compõem os times da empresa. Por isso, é preciso aprender a ouvi-las. Uma equipe de produtos bem-sucedida é aquela que consegue resolver os problemas dos clientes e auxiliar na busca de suas necessidades. Para fazer isso, esse time se concentra em uma série de atividades, que vão do processo de entender as demandas não atendidas, passando pela descoberta das soluções dessas dores e oferecendo suporte para que o atendimento dessas falhas seja viável, rápido e acrescente valor. Ou seja, colocando o cliente sempre no centro da operação e da decisão. Além disso, a colaboração interna entre os times deve ser constante. Uma equipe de produtos integrada às demais equipes da empresa com o objetivo de resolver os problemas dos consumidores, fornecendo serviços confiáveis, disponíveis e extensíveis, é o que faz a diferença.

Aprendizado contínuo e experimentações em ciclos curtos

Todos os desafios de uma gestão de produto eficiente exigem respostas rápidas, ainda mais quando pensamos na velocidade e no dinamismo desta era digital. Por isso, é importante que toda a organização tenha a mentalidade do aprendizado contínuo e do impacto de negócio em ciclos curtos. Essa mentalidade é suportada pelo Lean Digital, Agile Thinking e outras ferramentas que pressupõe a capacidade de gerar ciclos rápidos de experimentação com aprendizado e impacto constante. Também é essencial um ambiente propício para que as equipes diversas e multidisciplinares consigam colaborar entre si de maneira coletiva e rápida.

Impacto e repetição conduzidos pelo uso de dados

O “modo produto” de operacionalizar um desafio digital é ainda mais eficiente quando direcionado pelo uso intensivo de informações e dados. A avaliação dos elementos de impacto e de valor da entrega do produto junto ao cliente, com o uso de ferramentas como ciência de dados, business intelligence, captura de feedbacks contínuos com o consumidor, análise de testes e a construção de um funil de otimização é fundamental para mensurar o impacto e aprender continuamente. Essa estrutura deve considerar a repetição do processo de qualificação e melhoria contínua. É essa combinação de estratégia, com design centrado no cliente e domínio técnico a partir do uso intenso de dados que permitirá a entrega de impacto para as pessoas.

Esses três pilares são fundamentais e quando bem estruturados se tornam chaves para qualquer organização buscar e atingir alto impacto e competitividade no âmbito digital. As empresas que operam na mentalidade de produto geram resultados de negócios mais significativos. Assegurar que o produto certo seja desenvolvido da maneira adequada para oferecer uma experiência atraente e escalável ao consumidor é o que gera o verdadeiro impacto. Para complementar, autonomia, colaboração e experimentação são peças-chave para a operacionalização deste modelo, assim como uma liderança inspiradora também é necessária para o seu sucesso.

*Solange Sobral é VP de operações da CI&T

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