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Tech trends by Amy Webb

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23 de março de 2022 - 6h00

Amy Webb no SXSW 2022 (Crédito: Reprodução)

Para quem não pôde estar presente no SXSW deste ano, em Austin, foi possível acompanhar os conteúdos compartilhados, em tempo real ou salvos, pelos colegas e amigos brasileiros que estiveram lá. Dentre algumas palestras mais “famosas”, foi divulgado o 15º relatório anual da Amy Webb, do Future Today Institute.

O material consiste em uma ótima oportunidade para mergulhar em tendências com um olhar menos focado em previsões futurísticas e mais sobre como navegar nesse ambiente de ambiguidade que nos paira a todo tempo. O convite à re-percepção e a responsabilização sobre futuro nos deixam bastante provocados.

Como o consumidor e a sua jornada estão sempre em minhas pautas, estudos e aprofundamentos, corri para ler e aprofundar sobre “consumer trends”. Em um capítulo sobre IA (Inteligência Artificial) ou AI (Artificial Intelligence) busquei equalizar sua conexão com o mercado varejista brasileiro. Apesar de existirem muitas teorias superficiais e um pouco de contrassenso no ramo – se sua empresa ainda não faz o básico, como vai pensar nessas tendências? – Acredito que é necessário ter um olhar sempre atento e adaptável para saber agir na vida prática.

Através de ondas de rádio, a IA pode determinar como as pessoas estão se sentindo e pensando. Assim, é possível detectar desde mudanças sutis no ritmo cardíaco, analisar padrões ou até mesmo medir biomarcadores, capazes de prever o estado emocional como agitação, tristeza ou tontura. As empresas já estão desenvolvendo e fazendo testes de IA com softwares, máquinas e algoritmos para que sejam capazes de analisar, reconhecer e até reproduzir as emoções humanas. Em um futuro não muito distante, emoções como o amor, felicidade, empatia, medo e tristeza serão apresentadas, de forma convincente, por criações tecnológicas e serão chaves na jornada do consumidor.

Em abril de 2017, escrevi sobre o impacto da inteligência artificial no marketing e no varejo brasileiro e, hoje, é interessante ver que muitas tendências daquelas se tornaram realidade. Não tenho dúvidas: na jornada do consumidor existirão emoções detectáveis, em canais diversos, que vão impactar a tomada de decisão de compra, como pensamos em marketing, big data e a conexão com os consumidores.

A grande oportunidade é que o varejo já se conecta diretamente a uma base gigante e poderosa de dados. É preciso saber aproveitar a correlação e a conexão desse big data com assistentes virtuais, por exemplo, para permear e apoiar o usuário na sua experiência de compra, de forma ainda mais preditiva.

Quando li sobre, rapidamente me conectei com o exemplo, já real, disso com IoT (internet das coisas), quando, por exemplo, itens de geladeira vão acabando e, de forma automatizada, uma lista é criada, enviada para um app de supermercado 100% digital e, em 15 minutos, a compra semanal chega em casa, sem você precisar fazer algo ou até pensar sobre.

Parece futuro demais? Pode ser que em 5 anos, estejamos acostumados com essa realidade no mercado brasileiro, onde tudo se conecta e as máquinas trabalham para você. Ou com você.

Um último recado, para as equipes que ficam presas no ciclo entre estratégia e tática: essa separação brusca e limitada torna as organizações vulneráveis a interrupções. Se não articularmos simultaneamente a visão e transformação, outra organização o arrastará para sua versão do futuro. É uma corrida constante e quem foca na adaptação de habilidades e competências sai bem na frente.

Link do report: aqui

Palestra Amy Webb SXSW: aqui 

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