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Cresce interesse por capacitação em programmatic

Entidades como New Marketing Institute chegam ao mercado para fortalecer conhecimento sobre as ferramentas que prometem impulsionar marketing digital


3 de maio de 2016 - 11h43

AmyrisFernandez

Amyris Fernandez, da NMI Brasil

Anunciantes investiram cerca de US$ 15 bilhões em mídia programática nos Estados Unidos no ano passado. Foi um crescimento de 48% em relação a 2014. Para este ano, é esperado um salto no programmatic voltado a vídeo, com alta de 204,3%, chegando a US$ 3,84 bilhões. Na Europa, o modelo cresceu quase 100% no primeiro semestre de 2015. Destaque para Suíça (277%), Alemanha (68%), Turquia (36%), França (25%) e Bélgica (23%), ainda que todos os países do continente tenham registrado aumento. Estes dados são do eMarketer e do Interactive Advertising Bureau (IAB).

Não há dados sólidos sobre investimentos em programmatic no mercado digital brasileiro. Esse vácuo é sintomático. Explica não só um problema estrutural, mas também receios quanto a uma tecnologia que promete ser mais eficiente no marketing digital. O homem teme, afinal, o que desconhece. E é com esse intuito que iniciativas de ensino sobre novas tecnologias publicitárias proliferam no Brasil. Uma das mais recentes é a chegada do New Marketing
Institute (NMI).

A entidade foi criada pela MediaMath em 2012, nos Estados Unidos, com o intuito de oferecer programas e soluções para a capacitação de mercado em torno das novas ferramentas de marketing digital. “Em pouco tempo se percebeu que era necessário estruturar esse conhecimento e dividir isso com diferentes públicos do mercado, como alunos de graduação, de pós, professores, profissionais com níveis diferentes de experiência em comunicação digital, dentro e fora de empresas, e em agências”, explica Amyris Fernandez, que comanda a operação do NMI Brasil, iniciada em fevereiro.

A ideia nasceu quando a MediaMath percebeu que tais ferramentas não atingiriam todo seu potencial se o mercado não compreendesse seus benefícios de modo integral. “Não parecia o suficiente dizer que éramos uma DSP, era meio reducionista e perdia todas as outras coisas que entregamos”, diz Joana O’Connell, chief marketing officer da MediaMath. A sigla mencionada refere-se à “demand side platform”, um dos diversos jargões da área que ainda causam confusão. “A gênese do instituto era ensinar sobre nossa plataforma, mas começou a virar algo maior: não só sobre nossa tecnologia, mas antes sobre programmatic; e não só sobre programmatic, mas antes sobre marketing digital”, afirma Joana.

Para Cris Camargo, diretora executiva do IAB Brasil, iniciativas de ensino como o NMI são essenciais. “Qualquer nova tecnologia, para ser assimilada, precisa ser esclarecida. É uma curva necessária: para começar a comprar esse
tipo de serviço, é preciso explicar para o que serve”, diz. Ao lado das plataformas de conteúdo e eventos, a área de cursos é uma das principais atividades do IAB. Oferece cursos livres presenciais, in company, a distância e apoia programas de ensino de empresas do setor de marketing digital. Realiza, ainda, parcerias com escolas como Jump Education, Impacta, E-Commerce School e São Paulo Digital School.

Luciana salazar_hr

Luciana Salazar, da Teads

Na modalidade dirigida a empresas, boa parte da demanda vem de anunciantes que buscam introduzir seu time de marketing à complexa fauna do real time biding. O IAB monta classes personalizadas, com base nos currículos dos profissionais participantes. “Estruturamos um curso com visões multidisciplinares, pois, no fim das contas, não importa a tecnologia que a empresa vai instalar, mas que seu pessoal tenha senso crítico para fazer as perguntas corretas, sem fazer da ferramenta um fator limitante”, relata Cris.

Luciana Salazar, head de programática Latam para a Teads, empresa de ad tech focada em vídeo, explica que as principais dúvidas dos cursos que oferecem giram, na fase inicial, sobre o ecossistema programático e o papel de cada player. “Quando os profissionais começam a testar a plataforma, há o desejo de aprender sobre tecnologias, estratégias, níveis de otimização etc.” A executiva reforça, no entanto, que nada substitui a experiência: “meu conselho para quem quer conhecer mídia programática é ler e tentar conhecer gente que trabalha com isso, observando e aprendendo”.

A íntegra desta matéria está publicada na edição 1708 do Meio & Mensagem, de 2 de maio, disponível exclusivamente para assinantes nas versões impressa e para tablets Android e iOS.

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