As estratégias e planos da Media.Monks para o mercado brasileiro

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As estratégias e planos da Media.Monks para o mercado brasileiro

Integração das empresas do grupo na mesma marca permite ampliar a sinergia das entregas além do experimento de novos modelos de negócios na visão de Caio del Manto, líder da operação no País


11 de agosto de 2021 - 8h06

Desde a semana passada, a Media Monks, MightyHive e Circus passaram a operar sob um único chapéu no Brasil e no mundo. A S4Capital, hoding fundada por Sir Martin Sorrell em 2018 – e proprietária das empresas – anunciou a unificação de todas as empresas e funcionários do grupo sob a bandeira Media.Monks.

 

Caio Del Manto, diretor-geral da operação brasileira da holding (Crédito: Divulgação)

A proposta é, de fato, transmitir aos clientes e a mercado a ideia de uma atuação ampla, que contempla a pluralidade de serviços oferecidos aos clientes, desde análise e inteligência de dados, tecnologia, criação, desenvolvimento de produtos, etc. A concentração, também, atende à crença atual de Sorrell que, depois de décadas de atuação no cenário das grandes holdings de comunicação, como o WPP, passou a enxergar de modo mais crítico o que classifica como modelo tradicional de trabalho no ambiente da publicidade. No comunicado que anunciava a integração da Media.Monks, Sorrell declarou que o modelo vigente tem mais de 70 anos e, por isso, clama por mudanças disrutptivas.

No Brasil, esse processo de integração das marcas do grupo já vinha acontecendo há algum tempo, como revela Caio del Manto, diretor geral da Media.Monks no País. As empresas da holding vinham aperfeiçoando a integração de umas com as outras na busca por soluções de negócios e entregas aos clientes. Agora, segundo del Manto, a proposta é ampliar ainda mais essa sinergia. “O mercado se tornou muito mais complexo e demanda uma entrega full e, com o mesmo parceiro, é possível otimizar recursos e processos sem abrir mão da qualidade nessa entrega”, pontua.

No mercado brasileiro, a companhia ainda conta com o Grupo Raccoon, absorvido pela Media.Monks em maio deste ano e, que, por enquanto, ainda se mantém de forma independente. A parceria com a empresa, inclusive, ampliou a fatia do Brasil no grupo: dos 6 mil funcionários que a holding possui no mundo, 1300 trabalham no País. “Eles sempre olharam o Brasil como um pool de talentos e a operação nacional é um foco. Outros negócios ainda devem acontecer na região da América Latina”, antecipa o executivo.

Leia, abaixo, a visão do diretor-geral da operação a respeito de alguns temas relacionados à negócios, oportunidades e atuação da companhia.

Unificação das empresas
“No Brasil, já vínhamos trabalhando de forma integrada há pelo menos um ano. A Media Monks já tinha um modelo de negócio API (sigla, em inglês, de Application Programming Interface, que representa um conjunto de normas que possibilita a comunicação simplificada entre diferentes plataformas), mais inspirado e focado em tecnologia do que, propriamente, na conquista de conquistas publicitárias. Na verdade, das 25 empresas da holding, apenas três são agências de publicidade. O restante são empresas de tecnologia, produtoras, empresas de dados. Nossa estratégia já vinha sendo a de entrar nos clientes e diversificar a entrega e não importa se nossa entrada acontece pela porta de dados, de consultoria ou de agência. Dentro dessa consolidação, agora, a ideia é criar uma consistência maior e ampliara sinergia já que ganhamos uma unidade de processos e de recursos não apenas do Brasil, mas do mundo todo. Durante um trabalho, por exemplo, podemos acessar algum recurso da Coreia do Sul, da Austrália, outro da Argentina, etc. Ao fazer o movimento contrário das grandes holdings, tendo uma marca só para todo o negócio, que é a proposta do Sir Martin, conseguimos ganhar uma agilidade absurda nas entregas.”

Demandas dos clientes
“O mercado, de forma geral, vem demandando uma entrega full service por duas razões. Primeiro porque o cenário se tornou mais complexo e, quando se é uma marca grande, não é fácil administrar vários parceiros. Mesmo quando eles estão na mesma holding, as vezes acontecem situações de competição. E, o outro fator, é a rentabilidade do cliente. Com o mesmo parceiro, é possível otimizar recursos e processos. Estamos sempre escutando nossos clientes e percebendo que eles querem essa simplificação, mas sem abrir mão de uma entrega de qualidade. A ideia é, de ponta a ponta, realizar um trabalho de transformação digital, cirando um sistema automatizado que entregue essa otimização e gere resultados aos clientes.”

Escolha da marca Media.Monks
“Analisamos os valores que tínhamos em todas as empresas e a MediaMonks, assim como a MightyHive eram as maiores operações do grupo, mas o nome Media.Monks era a marca mais importante e que reflete o tipo de empresa que criamos. Na verdade, pensamos em uma marca flexível e moldável, em que o .Monks funciona como o sobrenome de toda a estrutura, mas que permite várias customizações e flexibilizações em sua primeira parte. Não é apenas uma junção de letras e sim a ideia de que é possível criar várias comunidades de talentos e de serviços dentro de nossa estrutura.”

Integração entre mercados
“Há vários formatos de trabalho que conseguimos construir dentro dessa estrutura. O primeiro deles é atuar de forma global e regional ao mesmo tempo. Isso já acontece com clientes locais que têm presença e outros mercados, como a Havaianas. Nesse caso, temos hubs de excelência para o atendimento desses clientes que, embora estejam fixados em um País, podem atuar em qualquer mercado, em parceria com outras áreas da holding. Temos, por exemplo, um hub, chamado Experiencial.Monks, cuja função é gerar tecnologia para experiências de marca. Esse grupo já fez trabalhos para a transmissão da NBA, nos Estados Unidos e, embora 95% desse pessoal fique no Brasil, eles conseguem atender às demandas de vários mercados. Queremos aumentar esses times e esses hubs para que o Brasil ajude a rede a conquistas projetos e vencer concorrências.”

Evolução dos negócios
“Apesar das dificuldades que o mercado todo enfrentou desde o início da pandemia, os últimos 18 meses, para nós, tem sido de muito crescimento. Nossa parte de conteúdo cresceu bastante, sobretudo pela aceleração do digital nesse período, que acabou nos beneficiando. Outro ponto que acho que também colaborou para impulsionar nossos negócios é um modelo diferente do que tradicionalmente é adotado pela publicidade brasileira. Não temos BV (bonificação por volume) e construímos toda a relação com muita transparência e flexibilidade e, por sermos totalmente adaptáveis, podemos ajudar os clientes em qualquer necessidade, desde uma campanha, desenvolvimento de produto até a criação de uma in-house. Neste ano, cresceremos 50% em relação ao ano anterior e já vemos uma retomada lenta, com os clientes investindo mais.”

Negócios do Brasil
“O Brasil tem duas grandes importâncias para a holding, tanto do ponto de vista do negócio quanto pela força de trabalho. Hoje, quando olhamos para a holding temos mais de 6 mil colaboradores globalmente e 1300 deles estão no Brasil. Eles sempre olharam para o Brasil como um pool de talentos e o País continua sendo foco das atenções. Os investimentos vão continuar acontecendo para os clientes da região e queremos, logicamente, aumentar a presença financeira do País e da América Latina nos negócios da Media.Monks, de maneira geral. Para isso, estamos em busca de novos modelos de atuação e ainda não sabemos como será esse modelo. O interessante é que isso ainda não está feito e, por isso, podemos testar. Achamos que essa atuação acontecerá de forma mais diversa e é preciso abrir a cabeça dos clientes para esses novos formatos de mercado.”

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