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Relembre embates entre operadoras e canais

Além da Simba, que não permitirá que as operadoras exibam o sinal das suas associadas de graça, Fox e Esporte Interativo já protagonizaram grandes disputas em negociações


29 de março de 2017 - 17h05

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Seriado Os Simpsons, um dos mais importantes produtos da Fox, foi usado como argumento pela empresa para convocar os espectadores a pedirem a sua permanência nos pacotes da Sky (Crédito: Reprodução)

O embate que vem acontecendo entre as operadoras de TV paga e a Simba Content (joint venture que reúne RedeTV, RecordTV e SBT) não é uma disputa inédita na indústria de TV por assinatura. Em outras ocasiões, programadoras já mediram forças com Net, Sky e outras empresas do setor e pediram, inclusive, o apoio do público para conseguir sucesso nas negociações.

No início deste ano, os mais de 5,2 milhões de assinantes da Sky no Brasil chegaram a ficar, por um dia, sem acesso ao conteúdo dos sete canais que a Fox exibe no Brasil. Por divergências em relação ao

pagamento estipulado pela programadora, as duas empresas não chegaram a um acordo e o sinal dos canais da Fox chegou a ser tirado do ar. Em comunicado, a Fox disse que as negociações comerciais oferecidas pela Fox estavam abaixo do valor do mercado e que, por isso, era impossível manter os sete canais nos pacotes da operadora.

As negociações, que se arrastaram ao longo de todo o mês de janeiro e início de fevereiro, também contaram com a participação dos espectadores. Em seus perfis oficiais nas redes sociais, a Fox disse aos seus assinantes que, se quisessem continuar tendo acessos aos seus programas preferidos, como o seriado The Walking Dead e os jogos da Libertadores, era necessário entrar em contato com a Sky e pedir os canais. O período de ruptura entre as duas empresas, no entanto, durou pouco. Em 11 de fevereiro, Fox e Sky chegaram a um acordo e a transmissão dos canais foi normalizada.

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Fox Sports pediu ajuda ao público para ter seu canal incluído entre as principais operadoras (Crédito: Reprodução)

Champions League em jogo
Em 2014, o Esporte Interativo anunciou a aquisição dos direitos de transmissão da Champions League, o principal torneio de clubes do mundo, com exclusividade na TV por assinatura. A notícia foi o estopim de uma briga que durou dois anos e que privou muitos assinantes das maiores operadoras de TV paga de acompanhar os jogos dos clubes europeus.

A Turner, que adquiriu o Esporte Interativo no início de 2015, começou a negociar com as operadoras a inclusão do canal nos pacotes oferecidos aos assinantes. Net, Sky, ClaroTV e Vivo argumentaram que o preço pedido pela Turner era alto demais para os padrões de mercado e se recusaram a incluir o canal esportivo em suas grades. A briga durou até o ano passado e a Sky chegou a um acordo com a Turnet somente em setembro de 2016, quando os canais do Esporte Interativo foram incluídos na grade.

Cadê a Libertadores?
Outra emblemática guerra entre operadoras e produtores de conteúdo se desenrolou no início de 2012, quando a Fox trouxe ao Brasil seu canal esportivo, o Fox Sports. Detentor exclusivo da Copa Libertadores na América Latina, o canal era a única opção para que os assinantes de TV paga pudessem acompanhar os jogos. Na época, no entanto, o acerto de valores entre a Fox e as operadoras de TV paga foi árduo e lento.

Quando a Copa Libertadores teve início, em fevereiro, a Fox havia fechado acordo somente com algumas operadoras de menor porte, que representavam 20% da base de assinantes do País. Para fazer pressão nas operadoras, a Fox apelou para as redes sociais, instigando o público a ligar para as centrais de Net e Fox e exigir a entrada do canal para poder acompanhar seus times na Libertadores.

A estratégia deu certo e, aos poucos, a Fox Sports foi entrando nos pacotes das operadoras. A Net foi a última das grandes empresas a fechar com o canal, em abril de 2012.

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