Meta: a percepção dos publicitários

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Meta: a percepção dos publicitários

Empresa quer trabalhar na construção de tecnologias sociais que extrapolam o que a conexão digital oferece atualmente


29 de outubro de 2021 - 18h00

Desde que anunciou seu rebrand para adotar a marca Meta, o antigo Facebook Inc. gerou buzz nas redes sociais. Wendy’s, Twitter, Heinz, BuzzFeed e outras empresas e veículos publicaram brincadeiras com o novo nome ou fingiram que também tinham um grande anúncio parecido. Dentro das agências brasileiras, o rebranding é recebido com cautela e expectativas ligadas as inovações que a Meta planeja.

 

(Crédito: Divulgação/Facebook)

Ao longo das últimas semanas, a empresa está sendo judicialmente e publicamente questionada em relação ao seu conhecimento e passividade sobre os prejuízos que suas redes sociais trazem aos adolescentes, além do histórico de polêmicas envolvendo vazamento de dados e campanhas políticas. O burburinho geral é que, com o reposicionamento, a empresa quer se distanciar de tais fatos.

No entanto, para o CEO Mark Zuckerberg, a ideia é comunicar que o Facebook Inc., ou Meta, vai além das suas plataformas sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp) e compactua com a intenção da empresa de desenvolver o metaverso.

Agência especializada em branding, a Ana Couto entende que a mudança da marca corporativa indica clareza em relação a ambição da empresa de mídia sobre seu futuro. “Dentro do contexto de dificuldade e pressão de mercado, isso também corrobora para um reset, mas não quer dizer que vai minimizar a pressão da governança mais clara para os shareholders”, opina a CEO, Ana Couto.

De certa forma, o CCO da Ampfy, Douglas Bocalao, acredita que o rebranding faz parte desse amadurecimento natural do Facebook Inc., que deixou de compreender apenas sua plataforma homônima. Ele compara o movimento com o feito pelo Google em 2015, quando criou a holding Alphabet para englobar todas as empresas. “Essa mudança vem para flertar com os investidores e mostrar que a empresa tem muito mais a oferecer no futuro do que as atuais redes sociais”, diz. O publicitário espera que, com a nova marca, venham novas atitudes, soluções e inovações para as agências e anunciantes. “Expectativas foram geradas”, brinca.

Parte importante do rebranding é a questão do metaverso que, de certa forma, norteou a criação do nome “Meta”, embora, na sua explicação, Zuckerberg disse que o nome vem da expressão “além” em grego. Para o sócio e fundador da DOJO, Thiago Baron, o reposicionamento só fará alguma diferença quando o metaverso começar a ser levado em consideração nas estratégias de comunicação, o que não é uma tarefa fácil, pois, em primeiro lugar, o metaverso é um conceito que ainda não existe e conta com diversos obstáculos de infraestruturas.

Segundo o executivo, ter esse conceito e tecnologias no Brasil vai contar com um delay maior. “Países menos desenvolvidos devem demorar ainda mais para entrar. O Brasil é um dos maiores usuários do Facebook, mas com as restrições de estrutura e tecnologia, o metaverso torna-se um pouco distante da realidade da maioria dos brasileiros. Mas é inegável que essa iniciativa do Facebook é um movimento a se acompanhar”, pontua.

**Crédito da imagem no topo: Divulgação/Meta

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