A importância da gestão de risco com o coronavírus
É importante que as empresas busquem um alinhamento entre o discurso e a prática e sejam coerentes, transparentes e eficazes
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(Crédito: reprodução)
Nos últimos meses, o mundo entrou em estado de alerta por causa do coronavírus. A primeira manifestação aconteceu no final de dezembro de 2019, na província de Wuhan, localizada na China. Em um curto espaço de tempo (pouco mais de dois meses), o Covid-19 chegou ao Brasil. No mundo, 80 países já registraram casos do novo vírus.
A rápida dispersão da doença tem impactado diversos setores da indústria, incluindo o mercado B2B. As empresas estão em busca de planejamento estratégico para manter suas cadeias de fornecimento ativas. No entanto, muitas estão se deparando com problemas de importação devido à cautela mundial diante do vírus. Em situações como essa, é que entendemos a real importância de investir em uma gestão de risco bem estruturada.
Nenhuma organização é intocável. As ameaças são inerentes a todos e, quando falamos sobre riscos, existem aqueles que conseguimos prever e evitar e os que nos surpreendem e nos forçam a atuar rapidamente para minimizar, o máximo possível, seus impactos nos negócios.
A partir disso, fica evidente a necessidade das empresas se preocuparem em ter um plano de contingência, para tomar atitudes mais assertivas e eficientes ao enfrentar riscos inesperados. Na metodologia clássica dos cinco passos para gerir riscos estão previstas as seguintes etapas:
Identificação: mapeamento e compreensão dos riscos;
Análise qualitativa: definição do nível de importância de cada risco e a probabilidade de ele ocorrer;
Análise quantitativa: avaliação dos impactos e dos efeitos causados pelos riscos;
Planejamento de respostas: definição das ações, em caso de ocorrência da ameaça, para minimizar os efeitos;
Monitoramento: acompanhamento dos processos de prevenção, para garantir que estão sendo executados.
No caso do coronavírus, temos visto que o risco sequer havia sido mapeado. Já tivemos outras epidemias internacionais, inclusive com índice de letalidade superior, que não provocaram o desequilíbrio na economia global como estamos observando agora.
Nesse cenário, é necessário revisitar os cinco passos da gestão de riscos, não só olhando para o risco primário da contaminação das pessoas, mas também os riscos secundários na cadeia de suprimentos e na economia mundial.
O planejamento das respostas deve incluir fontes alternativas de suprimentos e níveis de estoque, considerando também uma possível queda na demanda dos produtos ou serviços das empresas.
A maior dificuldade hoje, dada às incertezas, é realizar a análise quantitativa que determina os potenciais impactos e efeitos para o negócio. De qualquer forma, é necessário desenvolver alguns cenários, ainda que hipotéticos, para o planejamento das ações e enfrentamento da crise.
Coronavírus e o mundo VUCA
A crise do coronavírus reforça o conceito VUCA, acrônimo da língua inglesa que corresponde às seguintes palavras em português: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Esse termo surgiu no final dos anos 1990, pós-Guerra Fria, para explicar diversas situações adversas no universo militar. Hoje, comumente utilizado nos negócios, o termo tem como objetivo elucidar o momento que estamos passando, marcado pela velocidade, imprevisibilidade, transformação e diferentes pontos de vistas sobre um mesmo fato.
O mundo VUCA é líquido e incerto, e só o conhecimento é capaz de permitir que as organizações acompanhem tantas nuances. Essa crise reforça a importância de colocarmos em prática conceitos já bem difundidos no mercado, mas ainda pouco aplicados. É importante que as empresas busquem um alinhamento entre o discurso e a prática, ou seja, estabeleçam planos de gestão de riscos, e sejam coerentes, transparentes e eficazes.
**Crédito da imagem no topo: DKosig/iStock
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