Opinião
Como nos tornarmos mais conectados?
A união do CMO com CTO — o CMTO — deixa claro que marketing e tecnologia não se sobrepõem mais, eles se tornaram um; é a união da criatividade com as APIs
A união do CMO com CTO — o CMTO — deixa claro que marketing e tecnologia não se sobrepõem mais, eles se tornaram um; é a união da criatividade com as APIs
25 de novembro de 2020 - 14h27
(Crédito: Reprodução)
As empresas nunca investiram tanto em tecnologia como agora. E não há nenhuma dúvida de que essa tendência será ainda mais acelerada nos próximos anos, como reflexo de uma mudança no comportamento de consumo que alterou diretamente o modelo de negócio das empresas, mostrando um cenário competitivo e cada dia mais desafiador. Esse panorama mais complexo fez com que diversas companhias promovessem, nos últimos anos, mudanças em suas estruturas organizacionais a partir da qual o cliente foi colocado no centro de suas decisões mais fundamentais.
Recentemente, anunciamos a unificação da área de vendas e marketing com tecnologia, a fim de acelerar essa transformação digital e a experiência integrada e omnicanal para os clientes. Estar à frente dessa movimentação e transformação me permite dizer que essa é uma decisão totalmente estratégica e pautada por dados.
Ao longo do processo pandêmico, a participação do digital se tornou ainda mais relevante, uma vez que o universo online era o único ponto de contato entre muitas empresas e seus consumidores. Estudos apontam que essa movimentação será mantida no pós-pandemia. Segundo a Qualibest, instituto de pesquisas de mercado online, mais de 50% das pessoas passarão a comprar ainda mais produtos pela internet, e a transformação digital é mais que essencial.
Vemos diariamente que a responsabilidade do diretor de marketing está evoluindo globalmente e a união do CMO com CTO — o CMTO — deixa claro que marketing e tecnologia não se sobrepõem mais, eles se tornaram um. É a união da criatividade com as APIs.
O cliente sempre foi o fator motivador e decisivo do negócio, sempre no centro da estratégia. A digitalização do mundo não mudou nossa essência. Mas, certamente, a transformação tecnológica é um ativo necessário para que possamos manter os fãs da marca no topo da companhia, atendendo e oferecendo as experiências mais completas de acordo com o que eles precisam e desejam.
Nossa ambição é ser a rede de fast-food mais digital e conectada com os consumidores do Brasil — e, para isso, a personalização e o uso intensivo de dados estão no centro da estratégia. Mas sabemos que digital vai além disso; digital precisa ser a forma da empresa trabalhar. E isso passa pela cultura e pessoas. Ser uma empresa tecnológica, mais do que equipamentos, é sobre pessoas.
Alguns projetos digitais já implementados devem agora ser acelerados por conta do maior foco na área digital. Em um cenário controverso, quando quase 100% das operações estavam fechadas por conta da Covid-19, conseguimos aumentar em 300%, entre abril e maio, a participação do serviço de delivery no comparativo com o mesmo período de 2019. Outro indicativo relevante que evidencia que estamos em uma jornada acertada é o aplicativo próprio, que atingiu mais de 25 milhões downloads nos últimos meses e mais de 4 milhões de usuários únicos mensais. Como ativo da digitalização, temos uma funcionalidade de pagamento sem fila; fomos a primeira rede de fast-food do País a permitir que as pessoas pudessem customizar o produto que preferem comprar sem precisar pegar fila.
Outra novidade que deve ser acelerada é a modalidade drive thru contactless, em que o consumidor realiza a compra via aplicativo e retira via drive thru. Devemos aumentar a presença dos totens de autoatendimento digitais — já presentes em, aproximadamente, 50% dos restaurantes, além de expandir o delivery próprio e investir nas vendas e relacionamento por WhatsApp.
São muitos os desafios a seguir, mas, com o objetivo de unir tecnologia, criatividade e pessoas, seguimos o caminho como companhia pioneira e disruptiva em todos os processos.
*Crédito da foto no topo: iStock
Compartilhe
Veja também
2050: o ano do fim dos Leões de Cannes
Para cada Malala no palco, tivemos milhares de campanhas criadas sem mulheres na ficha. Para cada ação do Greenpeace, tivemos centenas de indústrias vilãs sendo premiadas como criativas sem terem feito nada para deixar de ser parte do problema. Para cada Preto Zezé visitando Cannes pela primeira vez, uma carta teve que ser escrita para pressionar Cannes a ser menos branca e elitista
Dê propósito ao seu trabalho
Em algum momento, todos lidamos com a questão “Para que eu estou me esforçando tanto?”, porque aquilo que fazemos em horário comercial vai além dos itens na descrição da vaga ou o cargo no cartão de visita