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Web 3.0: como as marcas podem aproveitar a nova internet?

Diego Ortiz, CEO da Verse, explica como as empresas podem se adaptar às novas tecnologias e formas de consumo


11 de março de 2022 - 15h57

Segundo Ortiz, as empresas precisam perder o medo de lidar com as novas tecnologias (Crédito: Shutterstock)

O metaverso, juntamente com as categorias de tokens não-fungíveis (NFTs) e blockchain, já são realidade no âmbito tecnológico e fazem parte da construção do que será a nova internet. A web 3.0 está se estabelecendo e as marcastêm que entrar nessa conversa, criar comunidades e dar continuidade, nesse contexto, ao relacionamento com seus consumidores. A Verse, agência de marketing digital voltada aesse ambiente, desenvolveu métodos para que as marcas consigam se envolver com seus consumidores em ambiente que promove a imersão. A empresa se uniu à Start.se para a realização do primeiro evento de NFT da América Latina. Diego Ortiz, CEO da Verse, explica como as empresas podem se adaptar e entrar na conversa com as novas tecnologias e formas de comunicação.

Meio e Mensagem: Como as marcas podem aproveitar a Web 3.0 para criar relacionamentos com os seus consumidores?
Diego Ortiz – Na web 2.0, muita da interação que vemos no dia a dia, não é entre pessoas e marca, é uma interação entre pessoas. O Facebook, por exemplo, cada vez mais limita o alcance orgânico dessas empresas. Na web 3.0, mudou muito, apesar de certas similaridades as comunidades são criadas em volta de experiências. Uma grande característica é que os usuários vão começar a ser recompensadas pelo tempo que eles dispensam com as marcas e vão trabalhar juntas com o alcance delas nas comunidades. O grande poder é o do conteúdo viral. Se você segue uma marca e compartilha, você é recompensado. Tem um teor de capitalização nos conteúdos. Por exemplo, quando a adidas fez o primeiro drop da NFT deles, quem conseguia fazer o minting (baixar essa NFT) viu o seu asset valorizar no decorrer do dia. Os verdadeiros fãs da marca puderam, de fato, capitalizar em cima disso. Comprar e vender NFT ainda é uma visão míope. Elas nada mais são que uma capitalização do blockchain, e dá para ver cada vez mais capitalização em cima delas. Em algum momento, até mesmo as vendas físicas vão ser atreladas a elas.

M&M: Como a Verse pretende fazer esse papel, de ajudar as marcas a criar esse relacionamento?
Ortiz – O brasil tem um potencial gigantesco, hoje em dia ninguém precisa reinventar a roda. A tecnologia que está tendo fora do País, vai chegar aqui. O que está acontecendo é que as empresas têm que deixar de ter tanto medo, para não ter que pivotar tanto os projetos delas. Temos a possibilidade de não ficar para traz, capacitar os nossos talentos. O medo normalmente vem de desconhecimento, por não conhecer o assunto. Trabalhamos com quatro pilares. o primeiro é a educação, entender que NFT não são imagens pixeladas, e que isso vai se consolidar nos próximos anos, de uma maneira mais rápida do que vimos a web 2.0. Essa é a nova bitcoin, não só pelos olhos do consumidor, mas por como as marcas podem utilizar. Damos a oportunidade dessas empresas entenderem que não precisam mudar completamente a sua estrutura de negócio. As coisas estão interligadas ao metaverso e ao blockchain e tem certas oportunidades que são inevitáveis, como alavancar a sua comunidade, cria o seu projeto de nft, e você já vai começando a entender aos poucos como de fato funciona isso, e como aos poucos isso vai fazer sentido. Ajudamos as empresas a se preparar para esse momento. Trabalhamos com serviços, fazendo projetos lado a lado com as marcas. A terceira é o desenvolvimento de produtos de web 3.0. Queremos trazer a revolução de fora para dentro. O brasileiro ama coisa nova, já somos a maior comunidade do mundo do Tiktok, por exemplo. As marcas aqui não são assim, ainda são muito tradicionais. Então queremos evitar que sejamos colonizados uma segunda vez, ainda não estamos muito para trás, queremos endossar a adoção dessa tecnologia pelas empresas. E na quarta parte é a questão de investimento na tecnologia.

M&M: Qual é o método de trabalho do estúdio?
Ortiz – Trabalhamos os 4 Cs. O primeiro é conceito: porque a sua marca quer estar lá, entender por que você está fazendo isso, qual é o objetivo, o projeto pode ter uma conotação social, pode ter algo bem maior. Depois a criação, escolhemos o blockchain que vamos lançar, temos alguns imprevistos, à vezes, por exemplo, a transação pode caro, e então é importante decidir se você vai usar com os consumidores, qual é o valor que eles estão dispostos a pagar. O 3º C é comunidade, que é a principal razão pela qual os projetos existem, são vendas secundárias. Sem uma comunidade, ele morre. Então ajudamos os clientes a pensarem que comunidades são essas. É difícil achar pessoas que tenham experiência em gestão de comunidades. Além disso, tem toda a parte de segurança. Por fim, como incentivar a comunidade, aí entram os influenciadores. As marcas já têm os seus consumidores leais, quando o Justin Bieber vem para um projeto, ele traz a força da sua comunidade, e o valor vai lá para cima. Essa continuidade é muito importante.

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