Adidas e a crise da campanha que envolveu Israel e Palestina
Campanha com a modelo Bella Hadid e resgate dos Jogos Olímpicos de 1972 rendeu críticas da comunidade judaica à marca e fez companhia voltar atrás em estratégia de marketing
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Meio & Mensagem
25 de julho de 2024 - 17h30
Uma campanha para relançar a versão de um modelo de tênis considerado icônico rendeu uma crise de imagem para a Adidas nos últimos anos.
Campanha com a modelo Bella Hadid foi retirada do ar após críticas (Crédito: Reprodução/X)
A fabricante de artigos esportivos acabou, por conta dessa iniciativa de marketing, colocando-se no meio das discussões sobre o conflito entre Israel e Palestina e se viu obrigada a voltar atrás, tirando a campanha do ar e revendo sua estratégia de comunicação.
Tudo começou há alguns dias, quando a Adidas apresentou as primeiras imagens da campanha para promover o tênis SL72. O modelo representa uma nova versão do utilizado pela marca nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
Para apresentar a novidade, há algumas semanas, a Adidas escalou a modelo Bella Hadid. A partir daí, as polêmicas começaram nas redes sociais.
Vários usuários – e até mesmo a conta oficial de Israel – publicaram mensagens criticando as escolhas da marca esportiva.
A maior parte das críticas apontava dois problemas na campanha. O primeiro é o fato de a marca resgatar os Jogos Olímpicos de Munique, que ficaram marcados pelo maior atentado já realizado em um evento do tipo.
Naquele ano, um ataque terrorista matou 11 atletas israelenses. O evento gerou comoção mundial e ampliou a preocupação com a segurança em grandes eventos.
Além de relembrar o Massacre de Munique, a Adidas foi criticada por escalar Bella Hadid, modelo de ascendência Palestina e que, por diversas vezes, deixou claro, nas redes sociais, sua defesa pelo reconhecimento do estado Palestino.
Assim que as críticas da comunidade judaica e também de outros públicos aumentaram nas redes sociais, a Adidas decidiu rever sua estratégia. Em comunicado, a fabricante de artigos esportivos declarou que tem consciência de que foram feitas conexões com o trágico evento histórico, embora isso tenha acontecido de maneira completamente não-intencional.
“Nós pedimos desculpas por qualquer aborrecimento ou angústia causados. Acreditamos no esporte como uma força unificadora em todo o mundo e continuaremos nossos esforços para defender a diversidade e igualdade em tudo o que fazemos”, completou a Adidas.
Na sequência, a Adidas informou que revisaria o restante de seu plano de comunicação. As postagens com a modelo e todos os demais materiais que envolviam a campanha foram retirados do ar.
Já nesta semana, o site TMZ, especializado na cobertura de celebridades nos Estados Unidos, declarou que Bella Hadid estaria em contato com advogados para processar a Adidas pelo comprometimento de sua imagem. Oficialmente, a marca não comentou a respeito.
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