C&A lança o canal YouTube Moda no País
Rede de varejo fecha patrocínio de novo espaço do portal, uma iniciativa pioneira no Brasil. Parceria abre mais espaço para conteúdo criado por consumidoras
Rede de varejo fecha patrocínio de novo espaço do portal, uma iniciativa pioneira no Brasil. Parceria abre mais espaço para conteúdo criado por consumidoras
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26 de abril de 2012 - 8h30
Nesta quinta-feira, 26, entra no ar o canal youtube.com/moda. O novo espaço do portal no Brasil conta com uma parceria especial para seu lançamento. A C&A fechou parceria de um ano com o Google, dono do YouTube. Projetos como esse existem nos Estados Unidos, caso do canal do site dedicado à beleza, chamado Destination Beauty, disponível para as consumidoras norte-americanas há cerca de um ano. Por aqui, esta foi a primeira iniciativa do gênero, abrindo possibilidades para o portal negociar mais canais focados em um conteúdo específico.
O YouTube Moda nasceu como projeto no segundo semestre do ano passado. A complexidade de implantá-lo, saindo da fase de conceito para se concretizar em um canal especializado, exigiu um prazo maior para acerto entre as partes e para desenvolvimento. “Estávamos conversando com o YouTube quando veio a proposta. Vídeo é a nova navegação e o YouTube é o segundo maior buscador do mundo. E a gente já estava procurando algo único para a C&A”, detalha Fábio Saad, diretor de mídia online da DM9DDB, agência que atende a marca e se envolveu com o projeto desde o princípio.
Não se trata de um brand channel. A C&A tem seu próprio canal no portal há um ano, no qual destaca ações publicitárias e lançamentos de coleções. Com a parceria assinada com o YouTube, cria-se um espaço em que cinco mulheres – Joanna Moura, Helô Gomes, Mariana Santarém, e a dupla Paula Martins e Chris Francini – sobem vídeos sobre o mundo da moda. Isso inclui passarelas, tendências, dicas, tudo no formato audiovisual. Elas produzem conteúdo com base em suas experiências como blogueiras focadas no tema. A C&A surge como patrocinadora pelo período de um ano. No novo canal, a empresa tem também um espaço para veicular a marca, mas não interfere no material que vai ao ar. Para a rede, assim como para o Google, é fundamental que os internautas percebam o YouTube Moda como uma plataforma produzida por consumidoras comuns, e não por equipes de marketing, por exemplo.
“O canal está de acordo com nossa estratégia de dar visibilidade para a moda de um modo diferente. Para a gente, a proposta caiu como uma luva”, diz Elio França, diretor de marketing da C&A. Segundo ele, por meio desse patrocínio ao canal a empresa pode entender melhor o que o público quer. “Temos buscado no ambiente digital fazer mais do que mera publicidade. E, por acreditar nisso, investimos em conteúdo e também evitamos fazer campanhas para simplesmente arrecadar likes”, explica.
As vlogueiras têm perfil eclético. Uma defende que não é preciso ceder a qualquer impulso consumista. Outra gosta de falar de acessórios. Há quem faça consultoria na casa dos outros ou tutoriais de maquiagem e moda. “Tivemos uma primeira seleção, com 30 nomes. Depois, separamos em dez e, então, fizemos testes de VT. As escolhidas têm liberdade criativa e receberam dicas para fazer vídeos”, revela Fernanda Cerávolo, criativa da área conhecida como The Zoo (criada no ano passado no Google Brasil para mostrar a agências e marcas como as plataformas da companhia podem ser usadas de forma mais criativa). Desse processo participou a produtora Damasco, uma parceira de conteúdo.
Para Fernanda, ao aceitar estrear o projeto, a C&A demonstrou o quanto ousa no cenário digital. “Lá fora, temos até estúdio para apoiar esse tipo de conteúdo, que é aberto e está de fato na mão do consumidor. Aqui, estamos trabalhando mais fortemente nessas propostas neste ano. Buscamos parcerias interessadas nessa estratégia de geração de audiência”, completa. Segundo ela, atribuir à marca essa ousadia se justifica em razão de a produção do conteúdo ser aberta. Não faria sentido, afinal, criar algo no YouTube que não tivesse a cara do portal. “O YouTube é pautado por esse foco no usuário. São 800 milhões de usuários por mês. E 70% da audiência da web brasileira passam por ele”, afirma.
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