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Marketing

Falta gás para os refrigerantes nos EUA

Mesmo com aumento do investimento em publicidade, Coca-Cola e PepsiCo perdem mercado para bebidas mais saudáveis há quase uma década


1 de abril de 2014 - 11h10

Por Natalie Zmuda (*)

Há alguns anos, os consumidores americanos têm trocado os refrigerantes por chás, energéticos e até mesmo água mineral. Mas o ritmo com que deixaram a categoria de lado foi ainda mais intenso em 2013, de acordo com dados da Beverage Digest. Isso tudo aconteceu mesmo com os esforços de Coca-Cola, PepsiCo e Dr. Pepper/Snapple para comercializar refrigerantes de baixa caloria, como o Pepsi Next e o Dr. Pepper Ten, além de uma variedade de opções de embalagens, como latas menores.

No ano passado, a Coca-Cola ainda criou uma série de anúncios, em decorrência das discussões sobre obesidade, feitos para incentivar os consumidores a serem mais ativos.

O volume de bebidas gaseificadas caiu 3% em 2013, comparado à queda de 1,2% em 2012 e 1% em 2011, de acordo com a Beverage Digest. A categoria vem sofrendo quedas durante os últimos nove anos, apesar de enormes gastos com publicidade e marketing. Há dois anos, a PepsiCo se comprometeu a gastar um adicional de US$ 500 milhões a US$ 600 milhões em suas marcas principais, como a Pepsi. Mais recentemente, a Coca-Cola também prometeu gastar um valor a mais: US$ 1 bilhão com a mídia e construção de marca, até 2016.

“As turbulências da indústria não estão diminuindo e os resultados estão piorando”, disse John Sicher, editor da Beverage Digest. “Isso coloca as marcas numa categoria mais elevada no quesito de necessidade de inovação”, completa.

Os principais fabricantes estão desenvolvendo bebidas mais naturais e de baixas calorias, já que os consumidores estão evitando os adoçantes artificiais dos refrigerantes diet e as calorias dos tradicionais.

Ainda assim, os refrigerantes permanecem com a maior parcela da categoria, com 43% do mercado, segundo a Beverage Marketing Corporation. As categorias que apresentaram crescimento em 2013 foram café pronto para beber, energéticos, água mineral, isotônicos e chás em lata. Além de refrigerantes, bebidas de fruta e águas aromatizadas tiveram queda.

“As fabricantes de bebidas passaram por um ano de transição em 2013”, disse Michael Bellas, presidente e CEO da Beverage Marketing Corporation. “Mesmo enfrentando os desafios econômicos, os produtos mais saudáveis prosperaram e até os segmentos anteriormente em dificuldades, como o café pronto para beber, mostraram seu potencial. Certamente, a economia é fundamental para o ramo de bebidas, mas os produtos que acompanham a evolução do consumidor norte-americano também são”, revela.

* Tradução: Bruna Molina 

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