Fiat e Google preparam minivan autônoma
Parceria prevê o desenvolvimento de cerca de 100 protótipos baseados no modelo Pacifica, da Chrysler
Parceria prevê o desenvolvimento de cerca de 100 protótipos baseados no modelo Pacifica, da Chrysler
Meio & Mensagem
4 de maio de 2016 - 11h38
Do Advertising Age
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a Alphabet, holding que controla o Google, anunciaram planos para desenvolver cerca de 100 protótipos de modelos autônomos baseados na minivan Pacifica. Essa colaboração é a primeira fase de um projeto conjunto para criar veículos autônomos, segundo fontes ligadas ao acordo. Os automóveis serão usados pelo Google para testar sua tecnologia de self-driving. As empresas continuarão livres para estabelecer outras parcerias na área.
Segundo Dianna Gutierrez, porta-voz da Fiat, a empresa não vai licenciar nenhuma tecnologia de self-driving do Google. As minivans farão parte da frota de teste da gigante de tecnologia, disse Dianna por email. Este é o primeiro acordo do Google com uma grande montadora desde que a companhia começou a desenvolver uma tecnologia própria de carros autônomos, em 2014.
John Elkann, chairman da Fiat Chrysler, disse mês passado que a fabricante ítalo-americana deveria trabalhar em colaboração “com novos participantes da indústria” como Google e Apple ao invés de competir com eles. Já o CEO Sergio Marchionne, que havia mencionado a possibilidade de uma parceria com o Google em dezembro, está diretamente envolvido nas conversas com a companhia norte-americana.
O Google, que acumula mais de 1,4 milhão de milhas em testes dos seus protótipos de carro sem motorista, tem discutido com fabricantes de automóveis a possibilidade de trabalharem em conjunto. Um acordo com a General Motors não foi assinado em virtude de discordâncias em torno da propriedade sobre tecnologia e dados.
A parceria com a Google está em sintonia com a abordagem de Marchionne para o desenvolvimento da companhia. Ele afirma que as montadoras desperdiçam capital criando várias versões da mesma tecnologia e que a indústria deve se consolidar para se tornar mais rentável.
Tradução: Fernando Murad
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