PMEs impulsionam descentralização do e-commerce no Brasil
Levantamento realizado pela Loggi observou maior pulverização na origem e destino de mercadorias em 2025

São Paulo representa 40% do volume de pacotes de PMEs (Créditos: Unai Huizi Photography/Shutterstock)
O comércio eletrônico brasileiro está passando por um processo de descentralização cada vez maior, devido ao aumento das vendas em pequenas e médias empresas (PMEs). Os dados são do novo levantamento Mapa da Logística, da Loggi, realizado no segundo trimestre deste ano.
A pesquisa aposta que os empreendedores de PMEs estão pulverizados em diferentes regiões do país, o que gera uma diversificação na origem dos pacotes. Se comparado às grandes empresas — cujo 65% do volume parte de São Paulo — as PMEs contam com apenas 40% dos pacotes vindo de São Paulo.
A capital comercial agora divide espaço com estados como Santa Catarina (16%), Minas Gerais (10%) e Paraná (8%). A região Sul também representa um dos maiores consumidores de mercadorias eletrônicas vendidas por PMEs, recebendo cerca de 18% do volume dos produtos enviados.
Segundo dados do Sebrae, no primeiro semestre deste ano o Brasil registrou a abertura de 2,6 milhões de pequenos negócios, com destaque para as regiões Norte e Nordeste do país — o Ceará líderou no segmento das PMEs.
Pequenos empreendimentos têm encontrado cada vez mais meios para se destacar em um mercado antes dominado por grandes marketplaces. A tecnologia e o alcance das redes sociais têm sido fortes contribuintes para essa descentralização, permitindo que novos mercados sejam explorados a um clique de distância.
O fenômeno traz consigo uma série de benefícios — como impulsionamento do comércio em áreas antes negligenciadas e geração de empregos — mas também desafios relacionados à logística e fornecimento de mercadoria. Entretanto, mesmo com desafios, o cenário ainda apresenta oportunidades promissoras para os PMEs.
Outro fator observado pelo levantamento é que o valor médio por produto das PMEs é 21% maior do que o registrado por grandes marcas, e 51% maior que o de grandes marketplaces, atingindo R$ 217,00 por transação.
Esse comportamento pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo a preferência do consumidor por um atendimento mais personalizado e indivudual, itens com maior valor agregado e rápida adaptabilidade às demandas do mercado.