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Como funciona o estúdio para live commerce em São Paulo

Estrutura na capital paulista reúne 10 estúdios e permite vendas ao vivo sem exigência de seguidores

i 4 de dezembro de 2025 - 8h06

Conheça a StarLive, empresa responsável pelo Street Studio, galeria de estúdios voltada ao live commerce (Crédito: Divulgação)

Conheça a StarLive, empresa responsável pelo Street Studio, galeria de estúdios voltada ao live commerce (Crédito: Divulgação)

Em meio ao crescimento da utilização das plataformas sociais como canais de vendas, a StarLive abriu uma galeria física de estúdios dedicados integralmente ao live commerce, modelo de vendas realizado por transmissões ao vivo nas redes sociais e plataformas digitais. O Street Studio reúne operação, transmissões contínuas e integração entre ambiente online e offline.

O espaço, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, conta com 10 estúdios operando simultaneamente, das 10h às 24h, o equivalente a até 140 horas de transmissão por dia.

Cada estúdio possui iluminação profissional, câmeras, microfone, monitor de script, cenários versáteis e suporte técnico. A equipe acompanha indicadores em tempo real, como estoque, tempo de exposição, conversão por minuto e até a chamada “temperatura do chat”.

Expansão do live commerce

O Street Studio está disponível para marcas, creators independentes e live sellers, sem exigência de número mínimo de seguidores.

Segundo a StarLive, empresas como Nivea, Wap, Insider, Avon, Relaxmedic, Maxfem e Payot já utilizaram a estrutura. As categorias com maior aderência incluem beleza e skincare, moda e acessórios, casa e utilidades, eletrônicos, bem-estar e cuidados pessoais.

Um relatório da ResearchAndMarkets.com estima que o mercado de social commerce no Brasil deve movimentar US$ 4,16 bilhões em 2025, com projeção de chegar a US$ 6,92 bilhões em 2030. No recorte específico de live commerce, dados da Grand View Research indicam que o setor movimentou US$ 151,2 milhões em 2024 e pode alcançar US$ 488,3 milhões até 2030.

Embora o modelo tenha ganhado escala na China com operações de grande volume e forte automação, o comportamento do consumidor brasileiro exige adaptações.

Segundo Evelyn B. Marques, fundadora da StarLive, o público local tende a ser mais interativo: faz perguntas no chat, solicita demonstrações detalhadas e valoriza a espontaneidade das transmissões.

Outra diferença está no perfil de quem apresenta as lives. No modelo da empresa, o live seller não é necessariamente um influenciador digital. O critério central não é audiência, mas técnica de venda ao vivo. “Se a pessoa sabe vender ao vivo, ela pode usar o estúdio. Esse é o maior mito que precisamos quebrar no mercado brasileiro”, afirma Evelyn.

A fundadora avalia que o interesse crescente de marcas sem histórico no formato acompanha a mudança no comportamento de consumo. “O consumidor já comprou a ideia”, diz ela.

“Hoje, lives convertem mais do que campanhas tradicionais em várias categorias”, o que tem levado áreas de performance e comercial a incorporar o live shop como canal de vendas, e não apenas de visibilidade.