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Marketing

Instax quer levar o Instagram para o papel fotográfico

A linha de câmeras da Fujifilm cativou o público jovem e norteia a estratégia de vendas da marca, que prepara o lançamento da câmera Square, no formato Instagram


31 de outubro de 2016 - 10h54

A experiência com a fotografia mudou drasticamente na última década, já que o digital trouxe à tona as selfies e filtros do Instagram, e assim estimulou um novo padrão de auto-expressão e uma nova maneira de se relacionar com as imagens e dispositivos. Hoje, no entanto, a foto instantânea ganhou um novo valor, em um movimento protagonizado por millennials, hipsters e blogueiros. A Fujifilm, multinacional japonesa dos segmentos de imagem e informação, viu nesse segmento uma oportunidade de ressignificar seus produtos.

Instax mini 70, da linha Instax

Instax mini 70, da linha Instax

Em abril do ano que vem, a marca lança uma nova câmera da linha Instax, a Square, que imprimirá fotos em formato quadrado e com inspiração conceitual. “Será um produto alinhado com a internet e com o público do Instagram, que quer compartilhar uma foto original e usar nas suas redes sociais”, afirma Emerson Stein, gerente da divisão de foto e imagem da Fujifilm do Brasil. “Um formato para lembrar que a vida por si só é uma obra de arte”, diz o site que antecipa a novidade.

A marca lançou a linha Fujifilm Instax em 2012, com quatro modelos de câmera que atendem a públicos distintos: a Instax Mini 8, focada no público adolescente, a Instax Mini 70, para um público de 24 e 35 anos, e a Instax Mini 90, para um público mais adulto. Ainda, a Instax wide 300, que tem um design diferenciado e mais opções de captura.

Os millennials estão no cerne da estratégia da marca, que descobriu que essa geração idolatra tecnologias “velhas” adaptadas às suas necessidades atuais, com uma carga retrô que só aumenta o fetiche em torno do produto.

“Muitos adolescentes não conheciam fotografia impressa, então revimos nossa tecnologia e fizemos o relançamento do produto para deixar a fotografia instantânea mais próxima do consumidor. Trazemos esse ar de novidade, e as pessoas compartilham porque é algo que é único e que não vai se repetir”, avalia Stein, afirmando que a Instax cresceu quatro vezes desde o seu lançamento.

A presença ativa nas redes sociais, além de um canal no YouTube com tutoriais e dicas de foto, complementam a integração entre a mídia física e a digital. A marca promove blitzes em bares e restaurantes de SP, anunciando também em sites ligados ao target. Segundo o diretor da Fujifilm, o Brasil fica em segundo lugar mundial em termos de engajamento, que é sete vezes maior do que a média global.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Para continuar relevante no universo digital, a marca trabalha para aumentar seu portfólio, com novas opções de filmes fotográficos e câmeras. “A ideia é sempre aumentar as formas de expressão da fotografia. Estimamos um crescimento de 30% do produto mundialmente este ano”, diz Leonardo Botelho, gerente de marketing e produto, sem revelar a participação da Instax nas receitas da companhia.

Além da fotografia como core business e estratégias nas redes sociais, a marca se beneficia da publicidade espontânea de adolescentes, influenciadoras e marcas de moda que compartilham suas fotografias Instax. “A estratégia é baseada no uso do produto, que é basicamente o meio e cujo produto final é a fotografia. Nosso público é predominantemente jovem e feminino, entre 18 anos e 24 anos, e o mundo fashion é onde as pessoas conseguem usar muito bem o produto, com lojas de roupas e grifes, é um setor que tem uma aderência muito grande”, avalia Botelho.

O Brasil foi o primeiro país e receber uma filial da Fujifilm fora do Japão e tem duas fábricas – Caçapava (SP) e Manaus (AM). Em 2012, a empresa abandonou a produção de películas de filmes e passou a se dedicar apenas a dispositivos digitais.

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