Marcas consagram Anderson Silva no UFC

Teresa Levin
9 de outubro de 2012 - 7h12

Uma competição que virou sinônimo de esporte e atinge mais de um bilhão de lares em 149 países com 20 idiomas diferentes – e grande parte deste número de fanáticos está no Brasil. O país é o terceiro mercado mundial do UFC, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. A popularidade é tanta que a organização do evento está trabalhando para estabelecer um escritório no país.

O próximo embate será no sábado 13, no Rio de Janeiro, e terá como principal atração a luta entre Anderson Silva e Stephen Bonnar. Apesar da recente popularização do MMA (mixed martial arts), as entradas para o UFC 153 têm um preço pra lá de salgado: variam entre R$ 850 e R$ 1850.

Levando multidões a acompanharem suas lutas, Anderson Silva é o principal porta-voz do UFC. E um representante que traz uma série de associações positivas para o esporte. Não é a toa que ele hoje atrai inúmeras marcas. O atleta tem contratos publicitários vigentes com Budweiser, Philips e Renault. Tem ainda o patrocínio do Burger King, e acumula como sponsors técnicos Corinthians e Nike. Além disso, já fez campanhas pontuais para Ford, Honda, Riachuelo e Amazoo.

Para sua próxima luta, Silva fechou acordo pontual com a Nextel. O nome da operadora de telefonia móvel estará estampado no calção e na camiseta do campeão. A ação faz parte da plataforma “Rio Nextel”, uma estratégia para aumentar o reconhecimento da marca junto ao público carioca.

O case “Spider”

O sucesso de Anderson “Spider” Silva é tamanho que pode ser associado diretamente ao crescimento do número de fãs do MMA no País. A onipresença da imagem do lutador em veículos de massa levanta a questão da super exposição. A 9ine, que gerencia a carreira do atleta, diz que não é o caso.

“Ainda há espaço para trabalhar a imagem dele de algumas formas, não necessariamente com mais patrocinadores. Temos outros caminhos. Ele já é um ídolo no universo da luta esportiva, mas estamos tentando alcançar mais patamares junto a imagem dele no País. Ele tem uma visibilidade muito boa mas temos que trabalhar de forma organizada e com planejamento para não haver uma super exposição em um momento inadequado”, explica Evandro Guimarães, diretor de operações da 9ine.

A estratégia da 9ine é tratar o atleta como se fosse uma marca. “Usando recursos acadêmicos de marketing e comunicação em prol dele. Há um território de posicionamento para ser ocupado, com inserções na mídia de forma organizada”, conclui.

Clarisse Setyon, coordenadora do curso de pós-gradução do Esporte da ESPM SP, aponta que o perfil de Anderson Silva, agrega, e muito, valor ao esporte. “É família, casado, tem filhos, é todo certinho, arrumadinho”, aponta.

Veja matéria completa sobre a popularização do UFC no Brasil na edição impressa 1530 (de 8 de outubro de 2012) do Meio & Mensagem.