Marketing 5.0: o que é, características e exemplos de tendências
Conceito une análise de dados, humanização e soluções tecnológicas para promover uma experiência de qualidade ao consumidor
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Meio & Mensagem
31 de janeiro de 2023 - 17h30
Na era da hiperconectividade, o marketing 5.0 já é uma realidade e traz a tecnologia como aliada na personalização da jornada de compra dos consumidores.
O conceito une análise de dados, humanização e soluções tecnológicas para promover uma experiência de qualidade ao consumidor.
Para implementá-lo, as empresas precisam, antes, compreender os pilares e objetivos dessa nova versão do marketing.
O marketing 5.0 é o conceito que define o momento atual da evolução do marketing, marcado, principalmente, pelo uso da tecnologia a favor da experiência na jornada de consumo.
Philip Kotler, um dos principais estudiosos do marketing e referência da área, cria e explica o conceito no livro Marketing 5.0: Tecnologia para a humanidade, escrito em parceria com os autores Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan.
Na obra, publicada em 2021, é possível observar a influência da pandemia de coronavírus e uma análise sobre seus impactos na aceleração do movimento de digitalização mundial.
A partir deste contexto, os autores explicam como acompanhar as mudanças no comportamento dos consumidores e os avanços tecnológicos do mercado.
O principal objetivo da quinta era do marketing é o uso de soluções tecnológicas para atender às novas necessidades de consumo e estreitar a relação entre marcas e clientes.
A ideia é utilizar essas tecnologias de forma estratégica para entender o comportamento e a jornada de compra do consumidor. Então, com os dados coletados, desenvolver ações de venda alinhadas a esse perfil.
Tudo isso é feito com foco no cliente, ponto reforçado desde o marketing 2.0, que passou a considerar as necessidades do público com maior prioridade.
Ao longo da história da comunicação, muita coisa mudou antes de chegar ao conceito do marketing 5.0. A evolução acompanha as transformações nos hábitos de consumo.
Por isso, cada etapa do marketing é focada em ações diferentes.
– marketing 1.0: foco na divulgação e venda dos produtos ou serviços;
– marketing 2.0: passa a centrar mais no consumidor, entendendo que existem perfis diferentes e trabalhando a segmentação;
– marketing 3.0: desenvolve estratégias mais personalizadas e humanizadas, com foco no indivíduo e não mais no segmento;
– marketing 4.0: foco não apenas na atração de clientes, mas também na retenção a partir de estratégias que promovem uma experiência de qualidade e do uso de tecnologias.
Unindo o foco no consumidor e na personalização do marketing 3.0 com o movimento de digitalização do marketing 4.0, surge a quinta onda do marketing, que reúne a esses pontos a preocupação com temas mais atuais, como sustentabilidade e inclusão social.
Segundo uma pesquisa da Walk the Talk, divulgada por Meio & Mensagem, essa é uma preocupação cada vez mais frequente entre o público: os dados levantados mostram que, entre as 10 ações mais esperadas de empresas, 7 se referem a problemas ambientais.
Kotler define o marketing 5.0 com características de orientação por dados, que podem ser utilizados como base para a tomada de decisões e desenvolvimento de ações estratégicas.
Diante disso, o autor apresenta, em seu livro, alguns componentes dessa evolução do marketing. São os seguintes:
O marketing preditivo é o uso de dados para entender padrões comportamentais e tendências de mercado.
Com esse tipo de análise, as empresas podem ter uma previsibilidade sobre resultados futuros e, dessa forma, criar práticas para prevenir determinadas situações ou para lidar com riscos e também oportunidades.
O conceito de marketing baseado em dados traz a perspectiva de que as decisões devem ser tomadas a partir da análise de informações, que são coletadas de diferentes fontes confiáveis.
Neste contexto, o volume e a confiabilidade dos dados tornam-se fatores importantes para as empresas que desejam construir um sistema de dados, com ferramentas e políticas específicas.
Na versão 5.0, as marcas vivem um momento de mudanças rápidas, que exigem respostas mais velozes. Diante disso, surge o marketing ágil.
A técnica traz as metodologias ágeis para dentro do universo do marketing, trabalhando com equipes descentralizadas e multidisciplinares para tornar os processos mais eficientes, bem como entregar um resultado de qualidade ao cliente final.
Um pouco diferente dos componentes anteriores, o marketing contextual é uma solução digital aplicada no ambiente físico. A ideia é oferecer uma experiência personalizada e interativa ao consumidor, a partir de ferramentas como interfaces digitais e sensores.
Para isso, o marketing contextual tem como base a identificação de perfis, normalmente por meio de inteligência artificial – que aprende com os consumidores e reconhece suas características.
Isso permite o desenvolvimento de ações customizadas para o contexto de cada cliente.
O marketing aumentado consiste no uso de tecnologias de automação mais humanizadas, que permitam uma relação próxima ao consumidor mesmo com tarefas automatizadas. Um exemplo disso são as assistentes virtuais.
Com um atendimento feito por robôs, seja com inteligência artificial ou experiências de realidade aumentada (como o metaverso), as empresas conseguem focar esforços em outras questões mais estratégicas.
Para aplicar a quinta versão do marketing nas empresas, é importante pensar na tecnologia como um apoio para melhorar o nível da experiência dos consumidores durante a jornada de compra.
As soluções devem ser uma maneira de eliminar obstáculos e ruídos no processo de consumo, permitindo um contato personalizado. Para isso, as empresas precisam considerar pontos como:
– criar um sistema de dados;
– implementar metodologias ágeis;
– investir em soluções tecnológicas;
– desenvolver estratégias sustentáveis e inclusivas;
– entender como o público-alvo utiliza as tecnologias para chegar até a marca.
Considerando os objetivos e a nova jornada de consumo dessa evolução do marketing, existe uma tendência referente ao uso da tecnologia na coleta de dados para agregar inovação e humanização às estratégias.
A partir disso, a quinta onda do marketing prioriza o entendimento do consumidor e de suas necessidades para, então, desenvolver ações que gerem satisfação e fidelizem o cliente.
Neste contexto, o novo marketing conceituado por Kotler, Kartajaya e Setiawan vai além do investimento em soluções tecnológicas, reforçando o foco no cliente e na importância de compreendê-lo para conseguir criar um relacionamento sólido entre marca e público.
Acompanhando as mudanças de consumo e tendências do mercado, algumas empresas já adotaram a nova versão do marketing. Dentre elas, é possível encontrar nomes como:
– Ambev;
– Hershey’s;
– Mercado Livre.
O Mercado Livre, por exemplo, alterou o logo oficial da marca – um aperto de mãos – por um toque de cotovelos durante a pandemia e lançou o slogan “Juntos. De mãos dadas, ou não”, como mostra o anúncio abaixo:
A ideia foi se aproximar do público ao promover a conscientização do distanciamento social e ao destacar a preocupação da marca com o momento.
Mais recentemente, após ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, a marca também disponibilizou a Constituição Federal a preço simbólico.
Com a digitalização, a transformação de hábitos de consumo e a hiperconectividade, a quinta onda do marketing vem se fortalecendo e destacando novas tendências de mercado.
Entre elas, o uso da tecnologia para coleta de dados, para a humanização da experiência de compra e para a personalização da jornada são destaques.
O conceito é definido por Philip Kotler, em parceria com Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, e tende a se desenvolver cada vez mais.
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