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Mulheres chegam ao limite da razão

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Mulheres chegam ao limite da razão

Da roupa do marido aos investimentos da família, a mulher concentra decisões e tarefas que sobrecarregam cada vez mais a sua rotina


7 de abril de 2013 - 9h12

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Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira 8, os homens dão o braço a torcer e reconhecem a influência feminina nas decisões que permeiam a vida do casal. De acordo com pesquisa do Data Popular, 86% dos 800 homens casados ouvidos em 44 cidades no último trimestre de 2012 concordam que as esposas são responsáveis pelas decisões sobre as compras no supermercado.

A segunda principal escolha definida pela mulher são as viagens de família (79%), seguida pelas próprias roupas do marido (71%), o carro (58%) e o computador (53%). "Com o aumento do número de vagas de empregos formais, elas ganharam crédito, investiram em educação, evoluíram na carreira e passaram a interferir até na administração da carteira do marido", explica Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular. De fato, os dados da pesquisa Tempo de Mulher mostram que 61% dos participantes admitem que as esposas conferem a movimentação financeira dos maridos (61%). Eles afirmam ainda que preferem mudar de opinião para não brigar com a esposa (71%) e têm certeza que a mulher possui dinheiro guardado sem ele saber (79%).

A concentração das decisões expõe uma das características mais marcantes da mulher contemporânea. No limite da razão, elas não aceitam abdicar do emprego, nem da família e nem da casa. “É o instinto de sobrevivência”, afirma o professor Pedro de Camargo, especialista em biologia do comportamento do consumidor. Segundo ele, os produtos e serviços mudaram, mas o cérebro continua reagindo como há cem mil anos para manter o equilíbrio entre os acontecimentos externos e as mudanças orgânicas.

“A competência da mulher vem da sua capacidade de ser mãe, o que nos faz entender melhor os colegas de jornada”, associa a contra-almirante Dalva Maria Carvalho Mendes, primeira mulher a chegar ao topo do comando da Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória, o Hospital da Marinha. “Conciliar a profissão com a vida familiar é a parte mais difícil”, relata a Major Eliane Scachetti, que comanda atualmente um batalhão com 800 homens. Este cenário mostra que a mulher hoje enfrenta uma busca incansável por reconhecimento e inclusão.

Leia a íntegra desta matéria na edição 1549, de 04 de março, no Especial “Mulheres”, do Meio & Mensagem

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