Como a IA redefine a relação entre marcas e consumidores?
Relatório aponta que personalização, conversas e confiança serão chave no consumo na era da tecnologia

Descubra as quatro tendências da IA no consumo (Crédito: Tete Escape/Shutterstock)
A Blip, plataforma de inteligência conversacional, e a WGSN, consultoria global de tendências, lançaram o relatório “IA e o futuro da jornada do consumidor”.
O estudo aponta quatro movimentos que devem redefinir o consumo nos próximos anos.
A consolidação da inteligência artificial e a integração entre físico e digital estão tornando a jornada de compra mais complexa.
Segundo o relatório, 82% dos consumidores consultam de três a sete fontes antes de decidir e 47% já iniciam a busca em marketplaces, o que aumenta a pressão por conveniência, personalização e confiança.
Quais são as quatro tendências?
A primeira tendência é a tecnologia afetiva, em que interfaces emocionais substituem interações robotizadas e criam conexões reais com os consumidores.
O estudo mostra que 61% dos clientes se sentem tratados como números, e que clientes emocionalmente conectados podem gerar até 306% mais valor vitalício, segundo a Ecom Business Hub.
A segunda é a ultra-personalização. A inteligência artificial permite prever desejos dos consumidores antes mesmo de serem conscientes, e hoje 35% dos brasileiros já utilizam IA para decidir o que comprar, número que sobe para 60% entre a geração Z.
A terceira tendência envolve as compras autônomas, conhecidas como B2AI, em que assistentes de IA tomam decisões de compra sem intervenção humana.
A pesquisa indica que 70% dos brasileiros já aceitam essa modalidade, que projeta o conceito de “zero cliques”, tornando o comércio cada vez mais preditivo e invisível.
A última é o comércio conversacional transforma a conversa em novo espaço de compra. Três em cada quatro adultos brasileiros já enviam mensagens para empresas semanalmente, e até 2028 a busca orgânica deve cair 50%, sendo substituída pela pesquisa generativa em IA, segundo levantamento da Kantar.
O levantamento mostra ainda que empresas que adotam plataformas de comércio unificado já registram aumento médio de 7,5% nas receitas anuais.
Para Blip e WGSN, marcas que souberem unir tecnologia, empatia e ética no uso da IA terão vantagem competitiva na próxima década.