Geraldo Leite
14 de abril de 2012 - 5h42
Dias desses recebi aqui na Singular um cartãozinho com bônus de R$ 150,00 para anunciar a minha empresa no Google, como uma gentileza da minha locadora. A idéia é genial: com uma mecânica bem simples, qualquer empresa pode ter acesso à mídia e sentir um gostinho da resposta que ela pode dar.
E quando sentir esse retorno, por um preço suportável, as empresas vão, cada vez mais, entender que esse gasto é um investimento.
No passado, quando ainda floresciam os classificados pessoais nos Jornais, nós havíamos chegado à uma situação próxima: com pouco dinheiro, por vezes calculado em espaço, outras em número de palavras, você conseguia usar a força da mídia para tratar também de questões caseiras – vender uma bicicleta, oferecer um serviço, uma coleção de revistas, de discos, etc.
É o mesmo raciocínio anterior, só que agora com as vantagens da pegada digital, onde você não tem que ir na loja, onde você pode falar só com quem te interessa, onde você fala com diferentes regiões ou países, onde a mídia fica bem mais acessível, pois você só gasta, digo, investe, o que tem.
Sabe aquilo que a gente classifica erroneamente como anunciante? – que é o simples fato de alguma empresa anunciar (pois anunciante em si não é uma categoria) – agora pode ser estendido para muito mais gente, muito mais empresas.
É como se a carteira de “clientes” de um veículo como o Google (e poderia ser o UOL, IG, Terra, Globo.com, etc) fosse tão ampla como é a nossa população – como se a forma de classificar fosse quase que mais pelo RG, do que pelo porte da empresa.
Isso é uma revolução de amplitude de mercado; balança o Projeto Inter-Meios jogando-o num outro platô. É como se o nosso mercado “anunciante” fosse invadido do dia pra noite por milhões de diabinhos, quem sabe chineses, ávidos por usar a mídia de outra forma – a seu favor.
A mídia, que já faz parte da minha vida (como profissão), vai também passar a fazer parte da vida de todos; se temos o direito de respirar, agora também temos de anunciar. E assim, quem sabe, todo o mundo também vai saber outras coisas que as pessoas fazem.
Poderia até pegar um exemplo de quem vos escreve. Por exemplo: quem já ouviu falar no notável CD “Sopa de Concha” (www.sopadeconcha.com.br )?
Viu, rapidim, já fiz meu comercial…
*Geraldo Leite é sócio-diretor da Singular, Arquitetura de Mídia
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