Marketing

Prada para de vender chaveiro de macaco tido como racista

Grife tira item da coleção Pradamalia de portfólio após internautas acusarem o desenho de ter traços caricatos de negros

i 18 de dezembro de 2018 - 8h33

Personagem Otto da coleção Pradamalia (crédito: reprodução/Twitter)

Por Adrianne Pasquarelli, do Ad Age*

Após ser atacada nas últimas semanas nas redes sociais por criar uma figura de macaco com lábios vermelhos exageradamente grandes num estilo que aparenta caricatura racista de negros, a Prada se desculpou oficialmente e anunciou, na sexta-feira, 14, que deixaria de vender os artigos.

A marca de luxo tem usado a imagem em produtos como chaveiros e em ações de marketing da coleção Pradamalia, que inclui outros personagens. As imagens também tiveram destaque na flagship store da marca no SoHo, segundo consumidores que reclamaram nas redes sociais.

A Prada não retornou os pedidos de comentário sobre o caso. Na sexta-feira, 14, a marca fez um post no Twitter sobre as alegações, chamando o chaveiro de “encantos de fantasia” e ressaltando que “nunca teve a intenção de ofender ninguém”. A empresa também disse, via Twitter, que os produtos não estão mais a venda e que as imagens sairão de circulação.

Os chaveiros, chamados de Otto e Toto, estavam sendo vendidos por US$ 550, mas não estão mais disponíveis no e-commerce da empresa. Os internautas, no entanto, não aceitaram as desculpas e alguns disseram, nas redes sociais, que boicotariam a marca pelo episódio.

A Prada não foi a única marca a sofrer com um deslize de marketing relacionado a racismo neste ano. Um dos casos notórios foi da H&M que, em janeiro, publicou em seu site um anúncio com uma criança negra usando uma blusa com a frase “o macaco mais legal na selva”, em tradução livre.

Tradução: Fernando Murad