Priscilla, uma produção de R$ 7 milhões
Musical da Geo Eventos é a primeira parceria com a Base Entertainment a ganhar palco no Brasil. Produção grandiosa, com ônibus ?importado?, só pode ser viabilizada no Teatro Bradesco
Musical da Geo Eventos é a primeira parceria com a Base Entertainment a ganhar palco no Brasil. Produção grandiosa, com ônibus ?importado?, só pode ser viabilizada no Teatro Bradesco
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14 de abril de 2012 - 7h00
A Geo Eventos apresentou nesta quarta-feira, 14, o elenco, a direção artística e a equipe criativa do musical Priscilla, Rainha do Deserto, que estreia no Brasil no sábado 17, no Teatro Bradesco, em São Paulo. Trata-se de uma produção milionária, orçada entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões, mas, além disso, destaca-se como o primeiro fruto da parceria da empresa brasileira com a norte-americana Base Entertainment, especializada em conteúdo da Broadway.
Baseado no filme homônimo de 1994, Priscilla fez seu début nos palcos em 2006, em Sydney. Depois disso, seguiu um tour internacional. Sua apresentação na Broadway se deu há um ano e agora chega ao País em seu formato original. Isso quer dizer que o espetáculo não sofreu maiores adaptações. O elenco é brasileiro, a trilha sonora é composta de hits internacionais (há 20 canções mundialmente famosas, como “I Will Survive” e “I Say a Little Prayer”) e foi acrescida de uma música brasileira (“Dancing Days”).
Entre outros profissionais, a equipe criativa conta com Tim Chappel, que recebeu Oscar pelo figurino do longa-metragem, e Stephen “Spud” Murphy, diretor musical e de arranjos, que elogiou os artistas brasileiros pela dedicação e por trazer algo de humano às interpretações. “Produções como ‘American Idol’ levam as pessoas a pensar que os cantores têm de se comportar como robôs programados”, afirmou Murphy durante a apresentação do espetáculo à imprensa.
De acordo com o diretor-geral da Geo Eventos, Leonardo Ganem, a ideia é que o musical fique em cartaz até julho e que, em função da audiência, se estenda até dezembro. “O ano começou movimentado para a Geo. A gente abriu a temporada com ‘A Galinha Pintadinha’, que tem lotado o teatro no Rio, e agora traz Priscila, primeira produção conjunta da Geo e da Base”, explicou. Na segunda-feira 19, a empresa inaugura ainda o Teatro Geo, também na capital paulista, um novo espaço para a área de entretenimento (onde funcionava o teatro do Instituto Ohtake) – a abertura terá show de Arnaldo Antunes com as participações de Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz.
Sobre a produção, os números são grandiosos. Foi investido US$ 1,5 milhão apenas no ônibus batizado de Priscilla (aos que não conhecem a história, três drag queens viajam de Sydney para uma cidade no meio do deserto australiano em um ônibus, o que recebe o apelido). O veículo, que pesa oito toneladas, foi “importado” de Londres e exigiu um cuidado especial para poder entrar no País, sem falar que vieram ao Brasil seis técnicos da Inglaterra para fazer a montagem do ônibus, que tem 30 mil pontos de LED.
Ante essa complexidade, ficou claro para a produção que um espetáculo desse porte não caberia na maioria dos espaços existentes hoje no Brasil. O Teatro Bradesco se tornou praticamente a única opção para a encenação de Priscilla. Como existe o sonho de levar a peça para o Rio, estudam-se outras alternativas para viabilizar o plano.
A parceria da Geo com a Base renderá outros musicais para o Brasil, que estão em negociação. O musical tem patrocínio de Porto Seguro. A realização leva a assinatura também da Nullabor Produções. Os ingressos custam entre R$ 40 e R$ 250.
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