Resultados da Apple frustram analistas

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Resultados da Apple frustram analistas

Crescimento das vendas de iPhones no último trimestre foi a menor desde o lançamento do produto, em 2005


28 de janeiro de 2016 - 9h23

(*) Por Maureen Morrison, do Advertising Age

Um pouco da preocupação em relação ao crescimento do iPhone talvez tenha fundamento, se formos levar o primeiro trimestre fiscal da Apple como um sinal.

A companhia divulgou o crescimento mais lento da venda de iPhones desde o lançamento do produto em 2005, tendo sido negociados 74,8 milhões de aparelhos, apenas 1% a mais do que no mesmo período ano anterior, quando foram vendidos 74,5 milhões.

Analistas tem se perguntado se a Apple conseguiria alcançar ou superar o número de vendas recorde do ano passado durante o primeiro trimestre fiscal, logo após a companhia ter lançado o iPhone 6 e o 6 Plus, com telas maiores. Desta vez, depois das novidades serem lançadas em setembro, e enquanto o mercado de smartphones fica cada vez mais saturado, a companhia ficou aquém da expectativa dos analistas de cerca de 75 milhões de unidades vendidas.

As vendas do iPad caíram para 16,1 milhões de unidades contra 21,4 milhões no mesmo período do ano anterior. Foram vendidos 5,3 milhões de Macs versus 5,5 milhões no período anterior, e não foram divulgadas as vendas do Apple Watch.

“Nossos resultados são particularmente impressionantes, dado o desafio do ambiente macroeconômico global. Nós estamos vendo condições extremas, como nada que nós tenhamos passado antes, em todos os lugares em que olhamos. Grandes mercados, como Brasil, Rússia, Japão, Canadá, sudeste da Ásia, Austrália e Turquia foram impactados pelo lento crescimento da economia, a queda do preço das commodities e moedas enfraquecidas”, disse o CEO Tim Cook durante a apresentação dos resultados.

O executivo acrescentou que as vendas totais de iPhone subiram 76% na Índia, mais de 45% na Coréia do Sul, Oriente Médio e África, 20% ou mais em muitos países da Europa Ocidental e 18% na China continental. Cerca de dois terços da receita da Apple são gerados fora dos Estados Unidos.

Mas a Apple também está prevendo uma queda de vendas, sua primeira desde 2003, de US$ 50 bilhões a US% 53 bilhões em receitas, a companhia informou na terça. “Como você sabe, nós não damos orientações para momentos além do trimestre atual, e é difícil prever fatores econômicos e cambiais. Entretanto, neste momento, nós acreditamos que o trimestre que se encerra em março enfrentará a maior dificuldade na comparação ano a ano”, disse o vice-presidente Luca Maestri.

Apesar da Apple se manter imensamente lucrativa – gerando US$ 18,4 bilhões em renda líquida de vendas de US$ 75,9 bilhões no trimestre encerrado em dezembro –, a empresa não está mais se beneficiando tanto da rápida adoção dos smartphones ao redor do mundo. A rival Samsung também divulgou recentemente resultados mais fracos do que o esperado. Cook expandiu mercados na China e divulgou serviços e produtos como o Apple Watch para incentivar negócios no exterior, mas a dependência da empresa pelo iPhone a deixa vulnerável a qualquer desaceleração na demanda.

A Apple tem adicionado ferramentas como o serviço de streaming Apple Music e o de pagamentos digitais Apple Pay para aumentar seus negócios, mas o desafio é gerar receita suficiente com os novos produtos para manter as engrenagens de uma companhia do tamanho da Apple girando.
 

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