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Supera RX coloca a sua marca entre as farmaceuticas

Supera RX é resultado de uma joint venture entre a americana MSD e a Supera, pertencente às brasileiras Eurofarma e Cristália


15 de fevereiro de 2012 - 9h15

O mercado farmacêutico acaba de ganhar mais uma empresa, a Supera RX, resultado de uma joint venture recém-criada entre a americana MSD (Merck & Co) e a Supera, companhia formada em 2011 pelos laboratórios brasileiros Eurofarma e Cristália. A previsão é que os 30 medicamentos comercializados pela Supera RX alcancem vendas da ordem de US$ 100 milhões ao término do primeiro ano de operação, valor que deve saltar para US$ 500 milhões até 2017, com as vendas de cerca de 70 medicamentos.

Em entrevista publicada na edição dessa quarta-feira, 15, pelo jornal Valor Econômico, José Bastos, presidente da MSD no Brasil, afirma que a Supera RX deve “ficar entre as dez maiores do mercado farmacêutico nacional". A MSD terá 51% de participação na nova empresa, enquanto a Cristália e Eurofarma ficam com uma parcela de 24,5% cada. A atuação da Supera RX prevê a incorporação dos medicamentos de prescrição médica ainda em desenvolvimento por suas empresas controladoras, além de marcas já estabelecidas. Mas cada uma continuará operando de forma independente. A nova companhia vai operar por meio de uma fábrica que abriga a atual sede da Supera, na capital paulista.

Com medicamentos como o Januvia/Janumet, indicado para o combate à diabete, a MSD – constituída a partir da fusão entre Merck Sharp & Dohme, Schering-Plough e Organon – fechou fábricas e cortou empregos, registrando um faturamento mundial da ordem de US$ 48 bilhões em 2011. Já a Eurofarma, presidida por Maurízio Billi, faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado com base especialmente na venda de genéricos e remédios de prescrição médica, além de uma forte tradição em distribuição de produtos. Inovação e produtos biológicos são os destaques da Cristália, que sob o comando de Ogari Pacheco somou uma receita estimada em R$ 600 milhões.

Nova realidade
O negócio que deu origem à Supera RX reflete a mudança no formato das operações que devem ocorrer no setor farmacêutico nos próximos anos. A compra de laboratórios de pequeno e médio porte, além de licenças de medicamentos e a criação de novas fábricas devem ditar os rumos do setor em 2012. A previsão é que a indústria farmacêutica cresça, mas sem repetir a mesma performance registrada nos últimos cinco anos, período na qual o segmento avançou o dobro do PIB nacional.

De acordo com informações da Sindusfarma (Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo), os laboratórios devem concentrar seus negócios nos medicamentos genéricos, que chegam a custar, em média, 45% menos do que os de referência, e respondem atualmente por cerca de 25% do faturamento das farmacêuticas. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), esse tipo de medicamento somou alta de 32% em vendas, o equivalente à comercialização de 581 milhões de itens, e de 41% em receita, para R$ 8,7 bilhões, em 2011.

A entidade estima que a participação de mercado dos genéricos tenha pulado de 17,6% em 2010 para 22,3% em 2011 no mercado total de medicamentos. Essa representatividade deve saltar para 25% neste ano e para 35% até 2015, índice ainda inferior à participação de 60% do segmento nos mercados da Europa e Estados Unidos, o que evidencia o potencial do setor para a geração de novos negócios.

A quebra de patentes e a ampliação do programa social Farmácia Popular, onde os genéricos respondem por 75% dos medicamentos, são dois dos principais motivos que explicam o otimismo do setor, que já arrecadou uma economia próxima de R$ 20 bilhões desde 1999, quando foi criado com base na promulgação da lei 9.787.

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