Tomorrowland 2023: como e quando será o retorno do festival ao Brasil?
Após sete anos, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo volta ao calendário de shows do País
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Amanda Schnaider
22 de fevereiro de 2023 - 16h36
O Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo, retorna ao Brasil após sete anos. O evento acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de outubro, no Parque Maeda, em Itu, interior de São Paulo.
Este é mesmo local das últimas edições em 2015 e 2016, quando recebeu mais de 150 mil pessoas vindas de 60 nacionalidades diferentes. A expectativa para a edição de 2023 é receber 180 mil pessoas nos três dias do festival.
O retorno do festival ao Brasil é resultado de uma parceria entre o evento original da Bélgica, com a DC Set Group, organizadora, e a Beck’s , cerveja da Ambev, patrocinadora oficial do Tomorrowland Brasil 2023. Informações sobre ingressos ou atrações devem ser divulgadas nos próximos meses.
Um dos motivos que levou o Tomorrowland a retornar ao País é o número de fãs que o evento tem nas terras brasileiras. O Brasil é a segunda nacionalidade com mais seguidores do Tomorrowland, é o segundo maior País do Facebook e Instagram e o maior no Youtube.
Nas primeiras 24 horas após anúncio da retomada do festival no País, o site oficial do Tomorrowland teve mais de 400 mil inscritos.
Além disso, o post feito pelo festival no Instagram anunciando a volta ao País (veja abaixo) alcançou 3,1 milhões de perfis, maior do que o próprio anúncio do festival na Bélgica, que teve um alcance de 2,5 milhões.
“Os fundadores belgas tinham o que chamam de uma ‘unfinish story’ com o Brasil. Então, eles sentiam que tinha algo inacabado aqui, que demandava o retorno”, explica o CEO da DC Set Group, Rodrigo Mathias.
O executivo ainda conta que o evento pretende se perpetuar ao longo dos anos no calendário brasileiro de festivais.
A paixão dos fãs pelo festival, que pode ser notada por meio das redes sociais, se mostra como uma boa oportunidade para as marcas ativarem seus passion points. Além de música, o festival, movido por storytelling, conta com diversos espaços que podem ser ativados pelas marcas.
Um deles é o Dreamville, espaço que hospedará 15 mil pessoas dentro do festival, onde as marcas podem promover um supermercado, uma farmácia, uma lavanderia, restaurantes e até mesmo promoções para o público.
Ao contrário de muitos festivais, a criação das ativações das marcas no Tomorrowland é feita a quatro mãos entre o time da marca patrocinadora e o time criativo da Bélgica em um único desafio: “Como integrar a marca a um sonho”.
Tomorrowland anuncia volta ao Brasil em 2023
“Vai muito por esse caminho de integração do sonho, porque, de fato, aquele consumidor que está ali no Tomorrowland faz parte da experiência. Na verdade, o que construímos nada mais é do que a infraestrutura, o ambiente para que aquela magia aconteça, mas a magia é feita pelas pessoas que estão ali e elas todas têm uma conexão específica”, ressalta Mathias, CEO da DC Set Group, organizadora do evento no Brasil.
Além das 180 mil pessoas esperadas no evento presencial, o festival será transmitido ao vivo para todo o mundo por meio de uma transmissão multiplataforma com players que serão anunciados em breve.
Também está prevista uma série de conteúdos especiais que passam por música, entretenimento, gastronomia, moda e outros, proporcionando ao público se conectar com o Tomorrowland ao longo do ano, indo além dos três dias do festival.
O Tomorrowland nasceu no dia 14 de agosto de 2005, com o objetivo de transformar a cidade de Boom, na Bélgica, em um reino de conto de fadas, onde “a música eletrônica encantadora podia ser ouvida atrás de cada árvore e de cada toca de coelho”. Fundada pelos irmãos belgas Manu e Michiel Beers, a primeira edição do festival contou com cerca de 10 mil pessoas e com os DJs Sven Väth, Armin van Buuren, Erol Alkan e Justice.
A terceira edição do evento, que aconteceu em 2007, foi um marco em sua história. Além de ter sido a primeira vez que o Tomorrowland aconteceu em dois dias, mais de 20 mil pessoas da Bélgica e de outros países, como Holanda, França, Alemanha e Reino Unido, comparecem. Em 2008, 50 mil pessoas participaram do festival e, em 2009, pela primeira vez, o Tomorrowland teve os seus ingressos esgotados.
Já 2010 foi o ano de estreia do DreamVille, um local onde o público pode acampar dentro do evento. Durante a sexta edição, 25 mil pessoas passaram a noite no DreamVille. O festival ganhou o terceiro dia em 2011, quando todos os ingressos foram esgotados em menos de um dia.
Com o passar dos anos e a consolidação da internet, o festival foi ganhando novos contornos no digital. Em 2012, na sua oitava edição, dois milhões de pessoas visitaram o site do Tomorrowland, na esperança de conseguir um ingresso. Apesar disso, esse número foi dez vezes maior do que o de ingressos disponíveis.
Também foi em 2012 que o festival criou o seu próprio canal no YouTube, transmitindo sets de DJ, entrevistas e bastidores. Isso mudou, de fato, os paradigmas do alcance do festival. Ao todo, mais de oito milhões de pessoas assistiram ao Tomorrowland pela plataforma de vídeos do Google.
O festival foi crescendo tanto ao longo dos anos que, em 2013, expandiu suas fronteiras para além da Europa. Nesse ano, a ID&T, empresa responsável pela organização do Tomorrowland, realizou a edição do festival fora da Bélgica. Batizado de TomorrowWorld, o evento aconteceu em Chattahoochee Hills, Atlanta, Estados Unidos, e contou com 140 mil pessoas.
Mas, foi em 2015, que o Brasil foi escolhido para sediar o evento. O festival aconteceu no Parque Maeda, em Itu, interior de São Paulo, Brasil. O sucesso foi tamanho que o Tomorrowland retornou às terras brasileiras para uma segunda edição no ano seguinte.
Em março de 2019, aconteceu a primeira edição do Tomorrowland Winter. O evento, que mistura a experiência de férias e festivais de inverno, aconteceu nas montanhas do Alpe d’Huez, na França. A sua segunda edição estava marcada para acontecer em 2020, mas, por conta da pandemia da Covid-19, teve que ser cancelada, assim como a sua versão de verão da Bélgica.
Apesar do momento delicado do mundo, o festival não deixou de acontecer, mas de forma online, no mundo digital. O evento abriu as portas para o futuro na ilha mágica de Papilionem com a primeira edição do Tomorrowland Around the World nos dias 25 e 26 de julho de 2020.
Após o sucesso da versão digital do festival, o Tomorrowland trouxe de volta essa experiência nos dias 16 e 17 de julho de 2021. A segunda edição do Tomorrowland Around the World foi adaptada para todos os fusos horários e contou com um line-up formado por 40 dos maiores nomes da música eletrônica do mundo. O festival voltou ao presencial em 2022, reunindo mais de 600 mil pessoas em três finais de semana.
Marcas entram no ritmo do Tomorrowland
“A partir do ano passado o evento virtual se tornou uma grande plataforma de geração de conteúdo. O festival virtual ainda acontece, aconteceu agora em janeiro, e é a iniciativa que lança a temática do ano do Tomorrowland Bélgica”, explica o CEO da DC Set Group, organizadora do evento no Brasil.
A volta do Tomorrowland para o Brasil ocorre em meio a um cenário aquecido do setor de live entertainment ou entretenimento ao vivo.
Após dois anos de medidas extremas de isolamento e distanciamento social instauradas em todo o mundo devido à pandemia da Covid-19, o ano de 2022 ficou marcado pelo retorno dos eventos presenciais, festivais e shows de música ao calendário cultural brasileiro, e o ano de 2023 pela chegada de novos festivais, como o próprio Tomorrowland e o The Town, dos mesmos donos do Rock in Rio.
Depois da demanda reprimida, que exigiu ainda organização por parte desses eventos – e de aprendizados com os eventos híbridos, qual o legado para os festivais de música? O que define hoje a experiência de um festival?
No podcast episódio #82 do Next, Now, Meio & Mensagem conversa com Rodrigo Mathias, CEO da DC Set Group, sobre mudanças e transformações dos eventos presenciais, principalmente os de música, além do retorno do Tomorrowland ao Brasil.
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