Mídia
Yahoo quer ser mídia completa
Empresa tem planos de atingir 680 milhões de usuários mundiais por mês com os mais variados canais de conteúdo e serviços de informação
Empresa tem planos de atingir 680 milhões de usuários mundiais por mês com os mais variados canais de conteúdo e serviços de informação
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10 de junho de 2011 - 8h36
(*) De Nova York – “No passado, muitas vezes fizemos a pergunta: o que é Yahoo? A resposta é curta: o Yahoo é a principal empresa de mídia digital”, afirma o diretor de mobile advertising do Yahoo, Alex Linde. O Yahoo tem planos ambiciosos: chegar a 680 milhões de usuários a cada mês. “Isso significa 50% da população online mundial”, diz Linde. Nos Estados Unidos, são 187 milhões de pessoas a cada mês. Ou seja, nove a cada dez usuários de internet nos Estados Unidos. E apenas no PC. O que significa que tablets, smartphones e outros dispositivos móveis nem entram nessa conta.
A internet móvel chega a 55 milhões de usuários únicos nos Estados Unidos. O Yahoo pretende atingir esses milhões de usuários nos tablets por meio de canais e serviços como o Yahoo Notícias, Esportes, Finanças e até mesmo o Flickr. O executivo destaca que, além do Yahoo buscar o provimento de informação fora de casa (busca de locais, abertura de conta em banco e outros serviços externos), quer também ser provedor dentro de casa. “Os dispositivos móveis são convenientes e o meu celular é meu bolso”, compara.
Um dos meios pelos quais a empresa pretende ser a mídia interna e externa para o usuário é justamente a plataforma Livestand, para tablets. E, claro, as aplicações (apps). O Yahoo, segundo Linde, está empenhado em duas iniciativas: elaborar mais experiências personalizadas para consumidores de conteúdo (e isso inclui, por exemplo, produzir filmes em HD) e buscar desenvolver experiências digitais relevantes para anunciantes, agências e marcas. Previa-se que o Yahoo lançaria o Livestand durante a Internet Week, evento que acontece entre 6 a 13 desta semana em Nova York. Linde, no entanto, não confirmou o lançamento comercial e disse que até o final do ano a plataforma está disponível em alguns mercados.
“Somos a marca mais confiável na internet. Quando os fatos acontecem – seja o casamento real, o tsunami do Japão ou a morte de Osama bin Laden, é para o Yahoo que o mundo se volta para obter informação”, assegura o diretor.
Uma das formas para engajar anunciantes e marcas são os anúncios interativos (page takeover), nos quais um usuário de dispositivo touch screen consegue obter mais informações sobre determinada marca (um filme, uma montadora ou, como foi no caso do Brasil, a Coca-Cola) e até mesmo compartilhar informações via Facebook. “Cerca de 6% dos usuários de page takeover interagem, ou seja, respondem ao anúncio”, ressalta. “Porque é algo divertido e relevante”, argumenta. Embora reconheça que dispositivos touch screen no Brasil correspondam a uma pequena parcela da base de celulares e tablets, Linde defende que essa interação é uma tendência.
Assim como a possibilidade de unir celular e TV. O executivo demonstrou uma aplicação na qual o celular lê um código na tela da TV (o anúncio da TV chama a atenção do consumidor para o fato) e, feita a transação, o usuário ganha um refrigerante gratuito (o anunciante, no caso, foi a Pepsi).
Quatro telas
“Existem quatro telas atualmente: TV, tablet, PC e telefone móvel. E, com o tempo, os tablets serão muito mais baratos do que os notebooks”, diz Linde. O diretor do Yahoo afirma que essas telas são de entrada e de saída: o PC e o celular são dispositivos de saída e a TV e os tablets são de entrada, embora os tablets permitam compartilhar conteúdo com outros usuários (saída).
“Para os publishers e anunciantes, o ponto ideal é quando os tablets ficarem mais baratos e forem adotados de forma massiva. Pesquisa feita pelo Yahoo mostra que 82% do uso do iPad é dentro de casa. As pessoas mantêm seus iPads consigo enquanto executam outras tarefas (como assistir TV, por exemplo). E os usuários de iPad são muito mais receptivos à publicidade do que usuários de outros dispositivos”, garante.
E é por esse motivo que o Yahoo defende que as publicações digitais oferecem um campo bastante interessante para publishers e publicitários. “Quando penso sobre a revista Vogue”, exemplifica, “sei que as pessoas a leem sobretudo por conta da moda. Não importa se a moda está no conteúdo ou no anúncio”, afirma.
A plataforma Livestand do Yahoo, por exemplo, é interativa e o consumo de conteúdo, portanto, é social, passível de ser compartilhado. Recentemente, o Yahoo adquiriu a IntoNow, que permite que usuários identifiquem e compartilhem programas de TV com suas redes. A empresa dispõe de uma app para celular que “lê” o áudio da TV e identifica os programas que estão em transmissão no momento. “Lido” o programa, o usuário pode compartilhar por meio do Facebook e do Twitter.
O IntoNow faz mais do que compartilhar: indexa conteúdo de TV e anúncios em tempo real e oferece ao usuário conteúdo, ofertas e até mesmo prêmios. Na versão para iPad, o IntoNow oferece a possibilidade do consumidor obter informações sobre o que quer ver ou sobre os anúncios e, ambos os casos, pode interagir socialmente.
(*) O repórter viajou a convite do Yahoo
Leia também:
– Yahoo reúne marketing e mídia em uma plataforma
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